O temor do desemprego fez com que os consumidores colocassem um pé no freio nas compras no comércio em janeiro. Após um dezembro de compras, janeiro teve queda de 2,7% no total de famílias endividadas na Capital. O montante caiu de 186.918 para 181.797 no mês passado.
O volume foi o menor desde abril do ano passado e está abaixo do patamar de janeiro de 2020. Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, desenvolvida pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo.
Desta vez, 57,8% dos ouvidos pela pesquisa disseram ter compromissos como cheques pré-datados, cartões de crédito, carnês de lojas, empréstimo pessoal, prestações de carro e seguros. Uma inflexão que vai na contramão do país, onde o índice cresceu e atingiu 66%.
O cartão de crédito segue como o principal meio de endividamento, citado por 77,8%, seguido dos carnês, 27,8%. Já os financiamentos de carros representam 14,6% e o financiamento de casa 13,4%. Inadimplência.
A inadimplência dos campo-grandenses nos pagamentos no varejo também recuou 5,6% com 103,4 mil famílias com contas em atraso em janeiro, diante de 109.663 no último mês de 2020.
“Como efeito da pandemia, pode significar que muitas pessoas estão evitando dívidas de longo prazo. Percebemos também que o índice de famílias que informam ter contas em atraso recuou de 34,9% a 32,9% de dezembro para janeiro e uma ligeira redução nos que informam que não terão condições de honrar as dívidas, que está em 11%”, pontua a economista do Instituto de Pesquisa ou Desenvolvimento da Fecomércio MS (IPF-MS), Daniela Dias. Este último, bem abaixo do verificado há um ano, de 14,5%.
O total de pessoas que informaram estar com contas em atraso em Campo Grande e sem condições de pagá-las ficou em 35.146 diante de 36.972 de dezembro. O volume também caiu em relação ao mês de dezembro.
(Texto: Rosana Siqueira)