Ser voluntário é mais do que um simples ato de solidariedade, é uma decisão que pode impactar profundamente na vida do próximo. Em 28 de agosto, comemora-se o Dia Nacional do Voluntariado, data dedicada para essas pessoas que sentem satisfação em ajudar e que dedicam parte do seu tempo, amor e carinho.
Cada um pode desenvolver a atividade da sua maneira, seja de forma particular ou se integrando a alguma instituição. Um exemplo é a organização humanitária Fraternidade Sem Fronteiras (FSF), criada no ano de 2009, em Campo Grande, que oferece 430 mil refeições por dia para 15 mil pessoas acolhidas, tudo por meio de doações. Para que isso aconteça, a ONG conta com cerca de 20 mil padrinhos que contribuem com iniciativas no Brasil, em Moçambique, Malawi, Madagascar, Senegal e Haiti.
Fraternidade Sem Fronteiras
Wagner Moura Gomes, fundador e presidente da Fraternidade, conta, por meio da assessoria, que desde a juventude realiza trabalhos voluntários e que sempre se lembrava de como os africanos sofriam. “Na juventude, eu já me dedicava a trabalhos voluntários em Campo Grande, mas sempre experimentava momentos de dor e tristeza com imagens da África que vinham com frequência à minha cabeça”, lembra.
Com isso, ele decidiu ir a Moçambique para visitar orfanatos, asilos, aldeias e conhecer as crianças em situação de vulnerabilidade. “A partir daí comecei a pensar na fundação de uma organização não governamental para acolher as crianças africanas. Em novembro de 2009, reuni os amigos mais próximos e fiz a proposta da criação da ONG. Junto com o grupo de voluntários, organizamos um churrasco beneficente para mil pessoas. A iniciativa rendeu R$ 25 mil e, com os amigos mais próximos, fundamos a Fraternidade”, conta.
No Brasil, são oito atividades em diferentes estados. Na Capital de Mato Grosso do Sul existe o Projeto “Orquestra Filarmônica Jovem Emmanuel”, que visa ajudar crianças da periferia. O trabalho “Fraternidade na Rua” tem como objetivo resgatar dependentes químicos que queiram deixar o vício das drogas.
Em Roraima (RR) tem o “Brasil, um coração que acolhe”, que é um centro de acolhimento para os venezuelanos que chegam ao país. Paralelo a isso tem o “Refúgio 343”, que auxilia na interiorização das famílias venezuelanas nos estados brasileiros.
O Projeto “Microcefalia, amor sem dimensões”, em Campina Grande (PA), oferece tratamento multidisciplinar para crianças com microcefalia. No Sertão da Bahia, o trabalho “Retratos de Esperança” constrói casas, oferece reforço escolar, projeto de música e aulas de futebol. Em Caculé, crianças diagnosticadas com a doença epidermólise bolhosa recebem tratamento e cuidados especiais na ONG Jardim das Borboletas.
Na África, existem os Projetos “Nação Ubuntu”, em Malawi; “Ação Madagascar”, “Acolher Moçambique”, além de trabalho voluntário também no Senegal e no Haiti. Cada um recebe a ajuda conforme a realidade local, que vai desde acesso a cuidados pessoais, entrega de casas e escolas, inserção no meio educacional, atividades pedagógicas, recreativas e culturais.
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