Nos últimos dias, a dengue tem sido motivo de preocupação por parte das autoridades públicas de Campo Grande e do Mato Grosso do Sul. O primeiro boletim epidemiológico deste ano sobre a doença mostra que o Estado tem 989 notificações, 133 casos confirmados e três mortes que ocorreram em Corumbá, Sete Quedas e Campo Grande. Os dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES) mostram ainda que três cidades já estão com alta incidência da doença, sendo elas Cassilândia, com 81 casos, Caracol, com 38, e Alcinópolis, com 40.
É importante esclarecer que existe uma diferença entre casos notificados considerados suspeitos – e casos confirmados da doença, quando o paciente recebe o diagnóstico de dengue através de laudos médicos. O Estado usa estes dados como parâmetro da doença, calculando o número de casos pelo número de habitantes. Ao todo, 12 cidades estão em estado de alerta em função da média incidência. Apesar dos índices, dos 79 municípios do Estado, 29 não apresentaram nenhuma notificação da doença ou focos do mosquito.
Em relação ao número de notificações, Corumbá lidera com 209 casos suspeitos de dengue, seguido de Cassilândia, com 81 casos notificados, e São Gabriel do Oeste, que está em terceiro lugar com 70 casos suspeitos. As cidades com maior número de diagnóstico de dengue são Alcinópolis, com 32, Caracol, com 23, Corumbá, com 11, e Itaporã, com 12. Na Capital, o número de notificados está baixo, com apenas seis suspeitas, e duas confirmações da doença. Apesar dos casos, em comparação com as primeiras semanas de 2019, os dados estão muito abaixo do registrado.
O boletim confirma ainda que as três primeiras vítimas da dengue em 2020 não tinham outras doenças que agravassem o estado saúde, o que geralmente ocorre. As mortes foram de homens com 29, 17 e 30 anos.
No ano passado, Mato Grosso do Sul registrou 70.651 notificações e 29 mortes por dengue. No Brasil, um balanço parcial do Ministério da Saúde informou que em todo o ano de 2019, foram registrados 1.544.987 casos prováveis de dengue, um aumento de 488,3% se comparado com 2018, quando foram registrados 262.594 casos da doença. Já em relação às mortes, houve um aumento de 289% de 2019, com 782 casos, contra 201 casos em 2018.
(Texto: Thaís Cintra com edição)