A taxa de desocupação em Mato Grosso do Sul caiu no segundo trimestre do ano, em relação ao período anterior, totalizando 8,3% da população, ou seja, 120 mil pessoas. O resultado coloca o Estado no ranking com a quarta menor taxa de desocupação do Brasil. Os dados são da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Na comparação com o mesmo período do ano passado, o índice cresceu 0,7%. Para o instituto,
desocupada é a pessoa que procurou uma vaga de emprego num período próximo ao questionamento do IBGE, mas não encontrou. Em relação ao tempo de procura, 19,5% dos desocupados estavam há menos de um mês em busca de trabalho; 57,1%, de um mês a um ano; 10,5%, de um ano a dois anos e 13,0% há dois anos ou mais.
Já o nível de ocupação em MS foi de 62,2%, aumento de 2,1% em relação ao trimestre anterior e estabilidade em relação a 2018. Também no segundo trimestre deste ano, a taxa composta de subutilização da força de trabalho, que leva em conta o percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação a força de trabalho ampliada) foi de 17,0%, o que representa 261 mil pessoas.
O total de desalentados ficou em 36 mil pessoas de 14 anos ou mais. Já o percentual de pessoas desalentadas na população na força de trabalho ampliada foi de 2,3% e se manteve estável com o trimestre anterior e com o mesmo trimestre de 2018.
O IBGE considera desalentado o trabalhador que não procurou vaga na semana em que foi entrevistado porque achou que não conseguiria influenciado por diversos motivos, por ser muito jovem, muito idoso, ou sem experiência. Há pessoas que desistem de procurar emprego quando veem o aumento do nível do desemprego, esse grupo faz parte da força de trabalho potencial.
Mais trabalham sem carteira assinada em MS
O número de pessoas que trabalham na iniciativa privada sem carteira assinada aumentou 8,8% em abril, maio e junho, na relação com trimestre anterior, ou seja, cerca de 13 mil a mais. Na análise com o mesmo período de 2018, o crescimento da taxa dos que trabalham sem proteção da CLT é ainda maior 10,6% (aproximadamente 15 mil pessoas).
Ao todo, 633 mil trabalhadores exercem função na iniciativa privada, sendo que 476 mil
(75,2%) dos empregados tinham carteira de trabalho assinada e 156 mil não (24,6%). Em MS, no segundo trimestre de 2019, o rendimento médio real habitual (de todos os trabalhos) das pessoas ocupadas, foi estimado em R$ 2.323, um pouco menor que o trimestre anterior quando foi registrado uma média de R$2.403. (Marcus Moura)