MS registra segundo feminicídio do ano com morte de idosa a facadas

Foto: Divulgação
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Uma mulher, identificada como Maria Rodrigues da Silva, de 66 anos, foi a segunda vítima de feminicídio em Mato Grosso do Sul em 2024. Ela foi morta a facadas pelo ex-companheiro, de 69 anos, na última sexta-feira (12) em São Gabriel do Oeste, a 137 quilômetros de Campo Grande.

O crime aconteceu na rua Curicaca, no bairro Jardim Gramado, por volta das 20h30. Um neto da vítima, de 19 anos, foi golpeado no rosto ao tentar intervir. A vítima foi atingida na região do tórax. A perícia técnica foi acionada e o corpo foi encaminhado para exame necroscópico.

O autor do crime se apresentou a polícia durante a madrugada e confessou o feminicídio, mas alegou ter sido agredido pelo neto de Maria. De acordo com ele, a motivação do crime teria sido uma discussão com o jovem, pois ele teria o agredido alguns meses antes.

Além disso, o autor e a vítima teriam discutido por causa de um veículo, que se encontrava na cena do crime. De acordo com o Delegado plantonista, Gabriel Cardoso, policiais civis continuam em diligências para localizar a faca, instrumento do delito.

O flagrante está sendo lavrado na Delegacia de São Gabriel do Oeste. “A questão do golpe no rosto do neto ainda vamos verificar se realmente foi de faca e confrontar as testemunhas com a versão do investigado”, explicou Cardoso.

Preliminarmente, o Boletim de Ocorrência consta como um feminicídio consumado, pelo qual o autor está sendo autuado e uma tentativa de homicídio.

O primeiro caso aconteceu no terceiro dia do ano. Luciene Braga Morale, de 50 anos, morreu após dar entrada no hospital de Sidrolândia, com sinais de espancamento e rigidez cadavérica, causadas pelo marido. O marido Airton Barbosa Louriano, 45 anos, foi preso. Ele nega o crime.

Serviço

Em caso de denúncia, ligue 180 para a Central de Atendimento à Mulher – a qual presta uma escuta e acolhida qualificada às mulheres em situação de violência. O serviço registra e encaminha denúncias de violência contra a mulher aos órgãos competentes, bem como reclamações, sugestões ou elogios sobre o funcionamento dos serviços de atendimento.

O serviço também fornece informações sobre os direitos da mulher, como os locais de atendimento mais próximos e apropriados para cada caso: Casa da Mulher Brasileira, Centros de Referências, Delegacias de Atendimento à Mulher (Deam), Defensorias Públicas, Núcleos Integrados de Atendimento às Mulheres, entre outros.

A ligação é gratuita e o serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana. São atendidas todas as pessoas que ligam relatando eventos de violência contra a mulher.

O Ligue 180 atende todo o território nacional e também pode ser acessado em outros países.

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