MS encerra 2020 com previsão de maior abertura de empresas em duas décadas

Com isso, foram gerados também 16,5 mil empregos

Mato Grosso do Sul deverá fechar o ano de 2020 com recorde na abertura de empresas, conforme a Jucems (Junta Comercial do Estado de Mato Grosso do Sul). Paralelamente a isso, o Estado ficou em
nono na geração de empregos no Brasil até novembro, com 16,5 mil postos de trabalho. A economia baseada no agronegócio e o ambiente favorável para empreendedores com o avanço dos serviços digitais
estão entre os fatores que contribuem para a expectativa do registro do maior número de aberturas dos últimos 20 anos.

De janeiro a novembro, o Estado contabilizou a abertura de 7.316 empresas. Segundo Augusto César Ferreira de Castro, presidente da Jucems, na comparação com os resultados consolidados no ano passado, apenas os meses de abril (450 em 2020 e 600 em 2019) e maio (545 em 2020 e 636 em 2019) tiveram resultados inferiores.

“Só conseguimos ver no resultado da abertura de empresas esses meses de abril e maio que sentiram mais, que foram inferiores, aos meses de 2019. então mensalmente temos desempenhos excelentes na abertura e cremos que para o fim do ano, em dezembro, pelo andamento do mês teremos um bom resultado seja equivalente ou superior ao registrado no ano passado. No fechamento do exercício temos uma expectativa de que seja o melhor ano da série histórica da Junta Comercial desde o ano 2000”, pontuou.

Só em novembro foram constituídas 635 novas empresas, sendo 399 do setor de serviços, 213 de comércio e 23 indústrias. Em contrapartida, o período consolidou o fechamento de 304 negócios. Entre os segmentos que contribuíram com as aberturas, o destaque ficou por conta do transporte rodoviário de cargas com 23 das 635 empresas abertas, seguido pelo comércio varejista de vestuário e acessórios, com 18 empresas.

Serviços de engenharia representaram 16 negócios ao passo que o comércio varejista de peças para veículos, holdings de instituições não financeiras e lanchonetes abriram 14 unidades cada. Na Capital está localizado 41,1% do total de empresas abertas em novembro, seguido por Dourados com 10,87% e Ponta Porã com 3,78%. O quarto município que mais abriu empresas foi Três Lagoas, com 3,78%.

Com tais resultados, o presidente da Junta Comercial aponta que, entre os fatores que possibilitaram o registro de tais resultados, está a economia direcionada para o agronegócio. Além disso, pontuou que, mesmo aqueles que, por ventura, perderam os seus empregos, viram no empreendedorismo uma nova chance de se equilibrar financeiramente.

“Cremos que por uma condição do nosso Estado de ter como base econômica o agronegócio, a estabilidade econômica do Estado, um ambiente favorável para o empreendedor, mesmo em uma situação de pandemia isso favoreceu a abertura de empresas, e ainda temos a situação dos desempregados que acabaram migrando para o empreendedorismo por uma questão de necessidade. Além do avanço tecnológico que a Junta proporcionou, através do registro automático e da total digitalização. Hoje estamos 24 horas por dia e sete dias da semana, disponíveis para que o nosso cliente utilize os nossos serviços e com certeza, esse conjunto de condições favoreceu a esse abertura de empresas no ano de 2020”, destacou.

Até novembro, 3.652 empresas foram extintas no Estado

Que a pandemia prejudicou os empresários e até mesmo acarretou no fechamento de suas empresas não é novidade. Contudo, Augusto César afirma que um dos fatores que impulsionaram os fechamentos foi a dispensa do pagamento da taxa cobrada pela Junta, com a Lei de Liberdade Econômica de 2019, acontecimento que, segundo ele, não ficou restrito a Mato Grosso do Sul.

“Tivemos uma concessão que beneficiou muito os empreendedores, com a dispensa da taxa cobrada pela Junta Comercial para que o empreendedor fechasse o seu negócio. Isso desde outubro do ano passado elevou o nosso número de fechamentos e a partir, de então, temos meses com um bom número de fechamentos, mas isso não é só em Mato Grosso do Sul.

Como a concessão foi em âmbito de lei federal, nós já detectamos nas juntas comerciais dos demais estados que isso acontece pelo benefício para o empreendedor, já que ele pode regularizar o seu negócio, pois anteriormente muitos tinham um negócio fechado mas a situação não estava regularizada”, finalizou.

(Texto: Michelly Perez)

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