Movimento ocupa frente do Incra para cobrar avanços na reforma agrária no MS

Foto: Nilson Figueiredo
Foto: Nilson Figueiredo

São mais de 3 mil famílias que pleiteiam uma propriedade

Um grupo de pessoas ligadas ao MPL (Movimento Popular de Luta) tomaram a frente do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em Campo Grande, na manhã desta terça-feira (16). Eles são moradores de um assentamento na saída para São Paulo e caminharam até a Vila Glória para cobrar celeridade na reforma agrária no Mato Grosso do Sul.

Segundo a coordenação do MPL, são mais de 3 mil famílias vinculadas ao movimento, na busca por uma propriedade rural. “A pessoa sente a necessidade e procura o movimento no processo da luta, é uma forma de reivindicação melhorias nas suas condições. Além disso, pedimos a reestruturação do Incra, com aumento de servidores no campo, para acelerar a reforma agrária por aqui e fazer novos assentamentos”, explica Claudinei Monteiro.

Os manifestantes pretendem ficar em frente ao Instituto até serem recebidos pelo superintendente Paulo Roberto, que está em uma agenda no interior do Estado. Em uma das faixas, eles cobram “ministro, cadê o orçamento necessário para o assentamento das famílias?”, se referindo a Luiz Paulo Teixeira Ferreira, do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar.

Foto: Nilson Figueiredo

“As famílias que estão hoje aqui na marcha, é uma jornada nacional que nós estamos fazendo. Hoje está mobilizado Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná e Alagoas, com o intuito de cobrar do governo celeridade no assentamento das famílias. Cobramos mais recursos para o Incra, que hoje o órgão não tem nem servidor para trabalhar, então precisa abrir concurso, precisa fortalecer para que possa executar também a questão das vistorias e assentar novas famílias”, disse Jonas Carlos da Conceição, de 44 anos, um dos organizadores do movimento.

É importante destacar que o Governo Federal lançou, na segunda-feira (15), o programa “Terra da Gente”, com medidas voltadas à reforma agrária. O objetivo é que até 2026 sejam incluídas no Programa Nacional de Reforma Agrária cerca de 295 mil famílias, sendo 74 mil assentadas e outras 221 mil com regularização de lotes já existentes. Também, ainda segundo o Executivo, 7 mil famílias deverão ter acesso ao Programa Nacional de Crédito Fundiário.

Segundo o portal Uol, o anúncio vem em um momento de pressão por reforma agrária. Há 24 áreas invadidas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em 11 Estados. É o que o movimento chama de “Abril Vermelho”, época do ano em que reforça suas atividades.

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Por Kamila Alcântara e Keyla Santos

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