A Associação Médica Brasileira (AMB), uma das patrocinadoras da ascensão de Nelson Teich a ministro da Saúde, defende que o isolamento comunitário seja proporcional à taxa de mortalidade das vítimas do novo coronavírus em uma determinada região. A proposta já foi apresentada ao novo ministro, segundo o presidente da associação, Lincoln Lopes Ferreira.
Elaborada em um documento no início de abril, a sugestão da AMB é uma classificação de áreas “vermelhas”, “laranjas”, “amarelas” e “verdes”. Nas últimas, não haveria necessidade de isolamento. A associação se reúne nesta segunda-feira (20)para debater outras condições técnicas das regras de isolamento social, entre outros assuntos.
A depender da densidade populacional e de outras características, essas áreas podem ser bairros ou cidades, diz Lincoln Ferreira. Em cidades pequenas em que não há mortes, o isolamento não seria necessário desde que a população seja testada em quantidade suficiente.
”Se você não conhece o inimigo, não consegue combater. O cálculo (do isolamento com base na mortalidade) pode valer para Presidente Prudente, para Arthur Alvim, para uma região de Ribeirão Preto ” diz Lincoln, citando cidades paulistas.
“Para obtermos a recomendação de fechar ou não um comércio ou negócio podemos considerar as seguintes variáveis: Quantidade de funcionários, porcentagem de risco aceitável (probabilidade do funcionário se infectar), probabilidade de pelo menos um dos funcionários se infectar hoje (sinal vermelho), amanhã (sinal laranja) e no período de uma semana (sinal amarelo)”, diz o documento da AMB.
As diretrizes da AMB não abordam outras questões de contato social além da quantidade de pessoas trabalhando em uma empresa.
(Texto: O Globo)