Medicação indicada pode atuar na intervenção dos casos logo na fase inicial da doença
Em Mato Grosso do Sul, um grupo de 250 médicos – entre eles o deputado federal, Luiz Ovando, e o ex-secretário de Saúde de Campo Grande, Marcelo Vilela – cobram as autoridades estaduais quanto a utilização de uma lista de medicamentos para o tratamento da Covid-19. Segundo eles, a hidroxicloroquina, a ivermectica, seriam substâncias capazes de controlar a infecção do novo coronavírus e por isso salvar vidas, algo que estaria sendo ignorado a pacientes no Estado.
“O método que queremos implantar é o mesmo que já vem reduzindo o número de mortes em vários lugares do país como em Ariquemes (RO), Porto Seguro (BA), Belém (PA), As informações que temos são baseadas em evidências tanto no Brasil como no mundo, um protocolo de tratamento que está sendo feito e praticado por algumas cidades que os gestores tiveram a coragem de implantar, queremos que seja colocado aqui também” afirma Vilela.
Segundo o ex-secretário de Saúde da Capital, o medicamento pode ser eficaz logo no início do tratamento, e pode evitar que pacientes cheguem a fase inflamatória pulmonar, que leva à morte.
“Apresentamos a proposta ao prefeito Marquinhos Trad e ele pediu para que escrevêssemos um pedido e nós o fizemos. O requerimento está sendo protocolado hoje segunda-feira (6), e a expectativa é que o tratamento seja implantado o quanto antes” afirmou.
Geraldo Resende faz alerta para tratamento
A pressão do grupo, inclusive, gerou uma manifestação oficial do titular da Saúde, Geraldo Resende, que questiona a frente. Na visão dele, até o momento não há cura comprovada para a doença.
“Como médico e secretário de Saúde do Estado de Mato Grosso do Sul, reafirmo que o embasamento científico sempre norteou e continuará norteando nossas decisões nas ações de combate e prevenção ao coronavírus”.
“Até o presente momento, não existe tratamento comprovado para prevenir, tratar e curar a Covid-19. Existem pesquisas sobre diversos tratamentos farmacológicos em andamento, mas sem conclusão definitiva sobre a eficácia dos mesmos.
No documento, Resende frisou a importância de deixar claro que a decisão da medicação deve ser tomada pelo médico e a família do paciente.
“É importante dizer que o protocolo medicamentoso e sua prescrição são prerrogativa e responsabilidade individual do médico assistente e que deve haver, para o seu uso, consentimento do paciente, bem como anuência e concordância dele e/ou da família” continuou.
“Alerto para os riscos de auto medicação e também para a falsa sensação de segurança que “tratamentos profiláticos” podem trazer às pessoas. O isolamento social, o uso de máscaras, as etiquetas de higiene ainda são os únicos antídotos contra o novo coronavírus” concluiu.
(Texto: Karine Alencar e Danilo Galvão)