Estado teve uma das melhores taxas de crescimento do Brasil
Mato Grosso do Sul figura em 6º lugar entre os estados mais competitivos do país, segundo o ranking de competitividade, divulgado ontem (30) pelo CLP (Centro de Liderança Pública). O desempenho deste ano repete o registrado em 2020 e sinaliza estabilidade da unidade federativa em atuar na promoção de melhorias para a gestão pública e o desenvolvimento econômico.
Além do resultado em âmbito nacional, o levantamento revela que o Estado permanece na mesma colocação regional entre as unidades federativas do Centro-Oeste, em 2º lugar. Entre os potenciais locais, se sobressaem segurança pública, infraestrutura e sustentabilidade social. No pilar de potencial de mercado, em que um dos pontos obteve destaque, MS aparece como o 4º estado do país com a melhor taxa de crescimento.
Nesse quesito, a pontuação atingiu 64,5 de uma escala que pode chegar até 100. A taxa de crescimento é um nivelador sobre a evolução positiva do PIB (Produto Interno Bruto) real anual de um estado. O indicador tem como um dos fatores impulsionadores a proteção à vulnerabilidade social, que movimenta a economia de mercado e reforça a quantidade de trabalho.
“O ranking de competitividade é um fator de atratividade para novos investimentos no Estado. Mato Grosso do Sul permaneceu em 6º lugar e tem se mantido no top 10 dos estados mais competitivos. Esse posicionamento tem favorecido a escolha de nosso Estado para a instalação de grandes empreendimentos, como os que temos recebido”, destacou Jaime Verruck, titular da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar).
Outro elemento balizador sobre a eficiência do Estado são os empreendimentos inovadores. Desta vez, MS caiu no ranking em uma posição e foi para o 4º lugar nacional, com 90,9 pontos. Ainda puxando os destaques, a produtividade do trabalho ficou na 4ª colocação, com 28,5 pontos na avaliação do CLP.
Desafios do Estado
O estudo da entidade aponta que Mato Grosso do Sul ainda possui diversos dilemas a serem enfrentados, como o desempenho ruim obtido no setor de inovação, que em relação a 2020 saiu do 5º lugar e desceu para o 13º. Os dados também alertam sobre a necessidade de maior atenção para a educação e para os aspectos de capital humano.
Em tamanho de mercado, a situação de MS ficou em desvantagem, em 15ª posição. Para o índice de crescimento potencial da força de trabalho, o Estado também manteve a mesma colocação do ano passado, em 13º lugar.
Investimento em pessoas
Segundo o Boletim de Finanças dos Entes Subnacionais, publicado pelo Tesouro Nacional, MS foi considerado o estado que mais aplica seu aporte fiscal na população. De acordo com os dados do boletim, foram investidos mais de R$ 1 bilhão no ano de 2020, o que representa um retorno financeiro público de R$ 353 por habitante.
Conforme divulgação do governo estadual, somente nas áreas de saneamento básico e infraestrutura urbana foi destinada a mesma cifra bilionária durante a gestão atual. O governo acrescenta ainda que mais de 24 mil moradias foram entregues nos 79 municípios de MS desde 2015.
Os resultados do Estado vão ao encontro da premissa defendida pelo governador Reinaldo Azambuja de que, desde o início da sua primeira gestão, defende que o Estado tem de gastar menos com o governo para fazer mais para as pessoas. “Uma gestão competente tem que gastar menos com a estrutura pública para investir mais nas pessoas”, ressaltou o governador.
(Texto de Felipe Ribeiro)