São mais de 7,1 mil curtidas e 122 comentários no post do perfil do instagram com um ao vivo acústico da música “Mama Respect”, da cantora e compositora Marina Peralta. No dia seguinte, 183 comentários e cerca de 6 mil curtidas onde explica sobre a música. Nesta quarta (19), outro trecho da música já está com mais de 6,2 mil curtidas. No Youtube está com 4,454 mil views. Marina Peralta contou que a música “saiu” depois de meses sem escrever “uma frasezinha sequer”.
No início desta versão, ela declama trechos da música: “Então, respiro até que o peito encha. Solto devagar pra ver se acalmo o turbilhão. Escola de amor também de paciência. Sinto aumentar o espaço no meu coração Tão grande até tentei falar de outro assunto temi não consegui e agora me pergunto quantas mães guardaram seus dons na gaveta”. A versão acústica de Mama Respect, foi lançada no dia das mães pela cantora e compositora Marina Peralta. Mas como todo dia é das mães, hoje vamos falar dela. A versão original é de dois anos atrás e logo chega a meio milhão de visualizações.
“Foi no período de gestação que realmente entendi o quanto criar é vital pra mim. Vivi um certo vale criativo que me gerava bastante angústia e desânimo, ainda que saindo alguns versos soltos. Isso porque criar me coloca em movimento de dentro pra fora, além de ser o meu trabalho e sustento. Tudo em mim estava se transformando de forma avassaladora, a Marina mãe estava nascendo e todo o meu potencial criativo estava sendo usado na feitura dessa obra: Lua”, conta Marina Peralta para o Estado MS Online.
renascimento
Desse período surgiram outras canções, mas houve um redirecionamento da criação das artista. “Desse momento e dessas ideias nasce a música Mama Respect, que conversa sobre tantas que guardaram seus dons e individualidades na gaveta após o nascimento da cria. A música pede mais vida pra quem gera vida (e para quem não gera também). Depois trago mais sínteses sobre esse período no EP Leve”, revela a cantora e compositora. Foi com a gestação e o período pós-parto que Marina Peralta precisou se reinventar para a vida.
“Compreender que meu ritmo de criação nunca mais seria o mesmo após o nascimento da Lua foi importante pra desenvolver novas estratégias e pra diminuir minha auto cobrança. Não faz sentido que nos cobremos ou que a sociedade, os parceiros nos cobrem qualquer coisa sem considerar a nossa maternidade; sem considerar quem somos hoje, sendo mães. É sobre compreender que fazemos um trabalho não remunerado e sobre proporcionar chances e oportunidades para mamas terem tempo e condições de desenvolverem seus talentos, habilidades e o sustento. E minha arte certamente reflete muitas das transformações que vivi e que talvez possam inspirar outras pessoas”, reflete Marina Peralta.
