A força-tarefa Lava Jato do Ministério Público Federal no Paraná firmou acordo de leniência com a empresa Purunã, que reconheceu ter gerado caixa para que a Rodonorte realizasse pagamentos ilícitos, visando à obtenção de modificações contratuais benéficas à concessionária de estradas. Pelo acordo, a Purunã pagará, em decorrência das infrações e ilícitos revelados, uma compensação de R$ 20,5 milhões.
Segundo a Lava Jato, entre os “serviços” prestados por operadores do esquema estava a viabilização do pagamento de propinas a agentes públicos do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), DER/PR – Departamento de Estradas de Rodagem no Paraná e Casa Civil do Governo do Estado. As informações sobre o acordo foram divulgadas pelo Ministério Público Federal.
Deste valor, R$ 20 milhões serão destinados à execução de parte das obras que sejam consideradas prioritárias atualmente pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR) nas rodovias paranaenses concedidas à Rodonorte. O restante será destinado aos cofres do Estado do Paraná.
A Operação Integração foi deflagrada em fevereiro de 2018. Foi a 48.ª etapa da Lava Jato e mirou esquema de corrupção na concessão de rodovias federais no Paraná que fazem parte do Anel da Integração. Na ocasião, o chefe da Casa Civil do ex-governador Beto Richa (PSDB) foi alvo de buscas. (João Fernandes com Época Negócios)