[Por Thays Schneider, Jornal O Estado de MS]
Francisco Cezário de Oliveira vai continuar preso após ter o pedido de liberdade negado pela justiça nesta sexta-feira (31). O suspeito estava à frente da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul)há 26 anos e foi preso em maio após uma mega operação do Gaeco.
Segundo o advogado, André Borges, que atua na defesa do suspeito, afirmou que está empenhado em conseguir a liberdade do seu cliente o mais breve possível. “Estamos trabalhando para juntar provas que auxiliem em sua liberdade permanente ao judiciário”, pontuou.
Cezário foi preso durante a operação no último dia 21 de maio após o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) deflagrar a operação “Cartão Vermelho” em Campo Grande, com o objetivo de investigar um esquema de lavagem de dinheiro na Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul. A entidade, que recebe recursos tanto do Estado quanto da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), está sob suspeita de desvio de verbas públicas.
No dia 28 de maio a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) em Mato Grosso do Sul escolheu Estevão Petrallas como presidente interino da FFMS (Federação de Futebol em Mato Grosso do Sul.
Por outro lado, Cel Nelson Antonio, presidente do Operário, apoiou o nome e reforçou que confia na capacidade do interventor de trazer credibilidade para a Federação.
“Eu acredito que o Petrallas é uma pessoa competente, capaz. Levou o Operário a dois estaduais. Sem dúvida nenhuma pode exercer essa função com muita tranquilidade. Em nome do Operário Futebol Clube, nós acatamos com a maior satisfação. Agora, logicamente, esse nome precisa ser levado aos outros clubes, precisa ser discutido para ter uma unidade de opiniões.
A decisão de colocar Petrallas como presidente interino gerou discórdia, pois os clubes não são a favor do nome. No próximo dia 07 de junho será realizada uma nova reunião entre CBF e os clubes.
Ainda no dia 28 de maio, Cezário foi chamado para depor no Gaeco, mas preferiu ficar em silêncio. De acordo com o advogado André Borges que trabalha na defesa do suspeito, uma petição foi apresentada no Gaeco na qual resguarda o direito constitucional do silêncio. “Meu cliente vai aguardar a denúncia do Mistério Público para prestar esclarecimentos à justiça”, disse.