Judoca de MS fala da relação entre vacina e ida para Tóquio

Luan Simões Pimentel adentrou em 2020 com chances de brigar por uma vaga para os  Jogos Paralímpicos na seleção brasileira de judô. Com a temporada atingida pela pandemia, o principal evento multiesportivo do mundo foi adiado para este ano. Na medida do possível, o sul-mato-grossense de 23 anos preferiu encarar a seca de disputas provocada pelo isolamento social pelo lado positivo.

À reportagem, respondeu por meio de mensagens que 2020 foi um bom ano, apesar das circunstâncias. “Pude evoluir bastante, apesar de que eu já estava até em um momento bom no fim do ano passado, no começo de janeiro, que eu consegui ganhar umas competições importantes. Estava em um bom momento competitivo quando parou [tudo]”, avaliou o judoca nascido em Camapuã, a 141 km de Campo Grande, ao responder às questões, no último dia 22, terça-feira.

“Acredito que mesmo assim, nessa quarentena, consegui evoluir algumas coisas que eu precisava. Detalhes técnicos, tive um tempo a mais para fazer isso na quarentena, então, apesar de não estar competindo, dentro do possível, foi um ano muito bom”, acrescentou um  dos melhores do país no judô paralímpico, com peso de 73 kg.

A vaga para Tóquio-2020 (os comitês organizadores mantiveram o ano mesmo se a disputa acontecer em 2021) segue como principal objetivo para o atleta que mora e treina em Campo Grande. “Espero ter um bom ano, conseguir treinar bem, continuar minha preparação para, primeiramente, as duas competições que faltam para classificação para [Paralimpíada de] Tóquio”, diz.

Vacinação para ‘ontem’

A importância em ir bem nas seletivas é revestida de otimismo. “Preciso ir bem nestas competições, e se der certo, a expectativa se cumprir, estar indo aos Jogos Paralímpicos e disputar uma medalha pelo Brasil”, falou Luan Pimentel.

A vacina também é preocupação recorrente ao paratleta do Ismac. Questionado sobre o que espera do Brasil e do mundo para 2021, ratifica o anseio que toma conta da população em geral. “Espero a vacinação o mais rápido possível. Que a gente possa retomar a vida normalmente. Que consiga se organizar isso, que é o que a gente mais precisa agora, enquanto população, sociedade”, observou.

Ainda novo, Luan demonstra a maturidade que sempre o norteou desde o início da sua carreira nos tatames. “Especificamente na minha vida, que consiga ter um bom ano e que tenham as competições. Então uma coisa depende da outra. Se a pandemia já estiver controlada, volta a subir o nível das competições, todo mundo poder voltar a treinar, e isso é bom para todo mundo”, completou.

(Texto: Luciano Shakihama)

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *