Atraído por promessas de lucro fácil e rápido, Phelippe Galante, de 28 anos, investiu dinheiro no Grupo Bitcoin Banco em maio deste ano. O programador de Santos (SP) abandonou o salário de R$ 4.500,00 e passou a viver de investimento em criptomoedas nas plataformas do grupo Negocie Coins e a TemBtc.
O rapaz também pegou R$ 4.000,00 da avó, mais R$ 8.000,00 de um amigo e R$ 10 mil do irmão. Além disso, vendeu um carro Honda City por R$ 30 mil. E mais: seu padrasto fez empréstimo de R$ 100 mil em um banco. Ao todo, Galante investiu R$ 152 mil no Bitcoin Banco.
Em cerca de três meses, obteve R$ 2 milhões, uma valorização de 1.215,8% no período. O alto lucro passou a ser desconfiado. Galante tentou fazer um saque em julho, mas não conseguiu. “Foi nessa mesma época também que outros investidores começaram a ter problemas semelhantes”, diz.
Desde então, os clientes do Bitcoin Banco não conseguem fazer saques nas plataformas do grupo. A empresa declara que foi vítima de um golpe, que gerou perdas de R$ 50 milhões e impediu o pagamento. Há uma investigação sobre o caso na Polícia Civil de Curitiba. Atualmente, Galante está sem renda, sendo sustentado pela mãe e pelo padrasto, que ainda tem que pagar R$ 2.600 por mês do empréstimo que fez.
Josilmar Cordenonssi Cia, professor de Finanças da Universidade Presbiteriana Mackenzie afirma que nunca será seguro investir em criptomoedas e caso o investidor realmente queira arriscar, o ideal é colocar uma pequena parte do seu dinheiro em moedas digitais, mas não todo o capital. (Texto: Renata Fontoura com informações da Uol)