Os incêndios florestais que está atingindo a Austrália desde setembro comprometem o futuro de animais e plantas protegidas, destruindo até 80% de seus habitats, conforme informado nesta segunda-feira (20) pelo governo australiano.
De acordo com um documento do Ministério do Meio Ambiente australiano, os incêndios colocam em risco 272 espécies de plantas, 16 mamíferos, 14 sapos, nove aves, sete répteis, quatro insetos, quatro peixes e uma aranha.
Além disso, o Ministério também indicou que 31 espécies das 327 foram classificadas sob as leis como “ameaçadas de extinção”, outras 110 como “em perigo” e 186 como “vulneráveis”.
Os incêndios também afetaram quatro espécies de aves migratórias que não foram classificadas como ameaças de extinção, de acordo com este estudo preliminar que abrange de 1º de agosto de 2019 a 13 de janeiro deste ano.
Foram atingidos pelos incêndios uma área de mais de 80 mil quilômetros quadrados (maior que a ocupada pela Irlanda), além de 29 pessoas que morreram. Eles afetam mais de 80% das áreas onde algumas das espécies estão distribuídas.
“O status de algumas dessas espécies terá que ser revisado pelo Comitê Científico de Espécies Ameaçadas de Extinção quando o impacto for melhor compreendido”, afirmou o Ministério.
A Austrália hospeda uma grande variedade de animais exclusivos em seu território continental, com cerca de 300 espécies nativas, incluindo marsupiais como cangurus e coalas, monotremados como ornitorrinco e equidnas e placentários como dingos. Destas, cerca de 244 espécies ou 81% são encontradas apenas na Austrália.
(Texto: Izabela Cavalcanti com informações do site EFE)