Pelo 4º dia consecutivo, o Ibovespa fechou na máxima nominal histórica, aos 129.601 pontos. Subiu 1,04% nesta quarta-feira (2). Na parcial da semana, tem alta de 3,22%. O dólar chegou a custar R$ 5,07, o menor nível desde 11 de dezembro de 2020 (R$ 5,05). Fechou aos R$ 5,08.
A moeda norte-americana recuou 1,2%. Caiu 2,5% na parcial da semana. Os mercados se animaram com o crescimento de 1,2% do PIB (Produto Interno Bruto) do 1º trimestre contra o anterior.
Do lado político, a CPI da Covid ouviu a médica Luana Araújo, contrária ao uso da cloroquina no tratamento contra a covid-19. Para grande parte do mercado, apesar do grande apelo popular, a comissão não passa de ruído para os ativos econômicos, e não deve trazer grandes preocupações.
O mercado se anima com a chegada de novas vacinas em junho. O Ministério da Saúde distribuiu 100 milhões aos Estados no acumulado do ano. A expectativa é de retomada do ritmo de imunização, que caiu em maio.
Nesta 4ª feira (2.jun), os dados da produção industrial mostraram queda de 1,3% em abril na comparação com março. É o 3ª recuo consecutiva.
O presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto, disse que a crise hídrica e o aumento da conta de luz vão impactar a inflação. O Copom (Comitê de Política Monetária) tem encontro em junho para definir a taxa básica, a Selic, atualmente em 3,5% ao ano. Sinalizou que irá subir para 4,25% ao ano.
O objetivo é controlar o índices de preços. As projeções obtidas pelo Poder360 para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) para maio indicam que a taxa será superior ao 7,9% no acumulado de 12 meses até maio.
O BC projetou, em março, que o índice chegaria a 7,8% no acumulado de 12 meses até junho. O percentual tende a ser maior, uma vez que a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) decidiu aumentar o custo das contas de luz e há outros fatores que pressionam a inflação, como as commodities. Por outro lado, o arrefecimento na cotação do dólar alivia os preços no Brasil.
O CEO do Itaú Unibanco, Milton Mahuly Filho, afirmou que o banco pode aumentar ainda mais a projeção de crescimento do PIB de 2021, atualmente em 5%. Ele aposta na aceleração da vacinação contra a covid-19.