Conselho Regional de Enfermagem acompanha propostas para desafogar HU e Santa Casa da Capital
“Quando cheguei ao Hospital Universitário, quase não consegui uma maca e tive de esperar em uma cadeira. Está muito cheio, está complicado ficar aqui, estou com muita dor e ainda só vou conseguir operar possivelmente na quinta-feira. Mas ainda não é certeza, pois já vi outros pacientes, que estavam esperando por cirurgias antes de mim, não serem operados, por conta da falta de vagas.” Este é o relato de Débora Coenes Pinto, 44 anos, que após escorregar em casa na última terça-feira (21) quebrou o punho e, desde então, aguarda por uma cirurgia no Hospital Universitário em Campo Grande.
Assim como ela, outros pacientes aguardam internados em leitos improvisados na unidade que opera com o triplo da sua capacidade. Segundo Rafael Tadashi Abe de Lima, assessor do Hospital Universitário, a superlotação é registrada em todas as alas de atendimento do hospital, principalmente na área verde, que conta com 40 pacientes, quando na verdade deveria atender a apenas três. Com isso, o hospital pontua que o problema poderia ser amenizado caso outras unidades, como o Hospital Regional, retomassem os atendimentos e, principalmente, voltassem a receber pacientes que precisam de internação hospitalar, agora que o número de pacientes por COVID-19 reduziu-se.
“Hoje na área verde do hospital temos três vagas e temos 40 pacientes, na área vermelha que são os pacientes gravíssimos que necessitam de toda uma estrutura de equipamentos e que, temos apenas seis vagas, mas temos 15 pacientes, ou seja, quase três vezes o número de vagas. Na área amarela, oito pacientes onde a nossa capacidade é para oito vagas”, informou. Questionado sobre a possibilidade de ampliar os serviços com a retomada das cirurgias eletivas e bariátricas, Rafael destaca que o processo não será possível, principalmente enquanto a unidade continuar recebendo um número tão alto de pacientes.