Greve dos professores da Reme (Rede Municipal de Ensino) de Dourados, completa hoje (25), 11 dias de duração. Desde o início da paralisação, em 14 de março, os 33 mil alunos matriculados nas escolas do município estão sem aulas. O retorno presencial na Reme Dourados ocorreu no dia 24 de fevereiro, após dois anos suspenso devido a pandemia da COVID-19.
A decisão de manter a greve contraria a medida do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), assinada no dia 12 de março, pelo desembargador Sérgio Fernando Martins, que considerou a greve ilegal e estabeleceu multa R$ 50 mil para cada dia de descumprimento.
“Realizar a greve causará enormes prejuízos aos estudantes do município de Dourados, os quais, devido a pandemia decorrente da Covid-19, já foram privados de aulas presenciais por longo lapso temporal”, diz trecho da medida.
Negociações
Os professores reivindicam a reposição salarial do piso nacional do magistério, de 33,24%, reposição inflacionária de 10,06% para o administrativo educacional e os direitos a percentuais que não foram implementados desde de 2017, e acumula uma defasagem salarial de 60%.
Prefeitura de Dourados se reuniu com o Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação), na última quarta-feira (23), onde reafirmou o compromisso de apresentar um Projeto de Lei, para que o município chegue ao valor de R$ 3.846,00 para a jornada de 20 horas por semana.
“Apresentamos uma proposta que visa restabelecer a diferença de 15% acima do piso que nós pagávamos antes de 2022, para os anos de 2023 e 2024. Com isso continuamos a política de valorização dos servidores públicos municipais de Dourados e esperamos que assim a gente consiga voltar a rotina de normalidade”, destacou o prefeito Alan Guedes.
Enquanto as negociações avançam, os professores seguem protestando em defesa do cumprimento do piso nacional da educação e da valorização do administrativo educacional. Na manhã de hoje (25), as manifestações ocorrem na sede do Simted, com atividades voltadas a população indígena do município.