O Ministério da Economia reduziu a estimativa de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em 2021 e projetou aumento da inflação, de 7,9% para 9,7%. Os dados estão no boletim da pasta, que foi divulgado nesta quarta-feira (17).
Segundo o boletim, a estimativa de crescimento caiu de 5,3% para 5,1% em comparação com o último boletim, divulgado em setembro. Entre os fatores que motivaram a revisão para baixo está a piora nas condições financeiras do país, com alta da inflação, elevação mais intensa dos juros e depreciação do câmbio.
Nos últimos meses, o Banco Central vem promovendo a elevação da taxa básica de juros, a Selic, para conter o avanço da inflação. Hoje, a Selic está fixada em 7,75% ao ano e deve subir mais uma vez na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), em dezembro.
Outro ponto destacado pelo Ministério é o cenário internacional, que teve uma piora de fatores. O Brasil, China e alguns países da Europa são alguns dos países que sofrem com oferta de energia elétrica, o que gera elevação de preços. No caso da China, há racionamento. Essas situações causam quebra na cadeia produtiva e prejudica a indústria.
“Os efeitos negativos na oferta e a maior demanda global são notórios e podem ser vistos na pressão no nível de preços. Cita-se o elevado nível do preço das commoditites, com destaque para os valores da energia, alimentos e metais industriais. A inflação de itens que não são apenas de alimento e energia tem assolado diversos países”, diz o boletim.
No Brasil, a atividade econômica desacelerou ao longo do terceiro trimestre de 2021, decorrente do desempenho da indústria e do comércio, e houve estabilização dos indicadores de produção agropecuária. “Por outro lado, notou-se continuidade da expansão dos serviços. Nesse mesmo sentido, indicadores antecedentes e coincidentes mensais mostram que se mantêm a trajetória de recuperação da economia no quarto trimestre de 2021”, informa.
(Com informações da Agência Brasil)