Para 2021, o governo definiu a meta de déficit primário em R$ 149,61 bilhões, ante indicação anterior de R$ 68,5 bilhões. Além disso, foi projetado que serão 10 anos de contas no vermelho, com as despesas superando as receitas desde 2014, em cálculo que desconsidera o pagamento de juros da dívida pública.
“A política fiscal se apoia no teto dos gastos, que atua pelo lado da despesa, dada a incerteza para previsão da receita para 2021, mitigando os riscos de shutdown e garantindo o compromisso com a solvência das contas públicas”, afirmou o Ministério da Economia.
A meta de déficit primário levou em conta uma projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,02% para este ano e de 3,3% em 2021. Para 2022 e 2023, a estimativa é de expansão de 2,4% e 2,5% na atividade.
No projeto da LDO, o governo indicou ainda um déficit primário para o governo central de 127,50 bilhões de reais para 2022 (contra -31,4 bilhões de reais antes), e um rombo de 83,31 bilhões de reais para 2023, na primeira projeção para o ano divulgada.
Para a dívida bruta, a projeção do governo é que chegue a 84,34% do PIB em 2021, 85,52% em 2022 e 86,38% em 2023.
(Texto: Izabela Cavalcanti com informações da Reuters)