Golpe do boleto segue fazendo vítimas e número em MS já passa de 5 mil registros

Foto: Marcos Maluf
Foto: Marcos Maluf

Criminosos não param de se reinventar no mundo do crime, uma modalidade bastante conhecida é o golpe do boleto falso. O consumidor deve ficar atentos na hora de pagar as contas.

Esse tipo de crime do “Boleto Falso”, é enquadrado como crime de estelionatário. De acordo com Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) 1.838 pessoas procuraram a Polícia Civil para registrar o caso. Em todo o Estado 5.061 casos registrados.

O boleto bancário é a segunda forma de pagamento mais usada no Brasil, só perde para o cartão de crédito. O golpe consiste em alterar a linha numérica e o código de barras, para enviar o valor pago para uma outra conta e muitas vezes para outro banco.

Os dados no corpo do boleto são reais, mas as informações da linha numérica, que é informação mais importante no momento do pagamento, são falsos. Muitas vezes o código de barra também é alterado ou fica inelegível, para forçar a digitação da linha numérica.

O aumento no número de crimes cibernéticos tem feito com que as autoridades em segurança do Estado se mobilizem na tentativa de encontrar formas de proteger a população. Na sexta-feira (24), durante a posse do novo Delegado-Geral da Polícia Civil, o Dr. Lupérsio Degerone Lucio, ele destacou que a sua gestão trará alternativas contra este tipo de práticas e até mesmo, a criação de uma delegacia especializada para tratar desta modalidade.

“Nós temos que fazer esse enfrentamento. Observamos que para as facções criminosas, por exemplo, é melhor para elas aplicarem golpes pela internet do que correr o risco de roubar um banco. Esse é um crime que está perturbando muito a população, então vamos estudar até a possibilidade de a gente criar, vou pedir para levantar as demandas, para nós criarmos, talvez, uma delegacia de crimes cibernéticos”, revelou.

Detran alerta para golpe do IPVA

Nesta semana o Detran-MS alertou a população sobre falso site que cobrava boletos. O Governo do Estado de Mato Grosso do Sul reforça para as pessoas a buscar apenas os sites oficiais tanto da SEFAZ quanto do Detran-MS. O IPVA pode ser consultado e realizado o pagamento pelo endereço www.sefaz.ms.gov.br/ipva. E o licenciamento no site www.meudetran.ms.gov.br.

Em caso de dúvidas, o cidadão pode buscar atendimento em uma das agências do Detran e verificar a autenticidade dos débitos. Além disso, os débitos podem ser pagos de várias formas e não apenas por PIX.

O Diretor de Tecnologia da Informação do Detran-MS, Robson Alencar, orienta a população de como não cair nesses golpes. “A principal dica é sempre olhar o domínio que hospeda o site para ver se é oficial. Se é oficial é GOV.BR e se é do Governo de Mato Grosso do Sul é MS.GOV.BR, nenhum site do governo tem final gov.com”.

Dicas para evitar golpes

Jornal O Estado procurou o Procon/MS (Secretaria-Executiva de Orientação e Defesa do Consumidor), instituição vinculada à Sead (Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos), eles recomendam aos consumidores que estejam atentos na hora de realizar pagamentos na modalidade de boleto bancário.

Para evitar fraudes é importante, antes do pagamento, verificar quem emite o boleto, se há erros de português, além de conferir dados como a data de vencimento, valor cobrado, nome do beneficiário e o CNPJ. Outra dica inclui sempre optar pelo acesso ao documento por canais oficiais das empresas, evitando links encaminhados ou resultados de páginas de pesquisa.

Caso tenha sido vítima, o consumidor deve imediatamente registrar um boletim de ocorrência listando todas as informações do documento fraudado, o comprovante de pagamento e as mensagens enviadas pelo golpista. Vale ainda informar a situação ao seu banco e a empresa que deveria receber o valor. Dúvidas, denúncias ou reclamações podem ser encaminhadas ao Procon/MS por meio de seus canais de atendimento, como o Disque Denúncia 151, Reclamação Online e por meio do menu Fale Conosco > Contato no site da instituição (www.procon.ms.gov.br)

Por Thays Schneider

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