Em média, motorista gasta R$ 60 no posto para rodar até 200 km
Diante de altas expressivas na gasolina – que apenas neste ano subiu 24,7% e acumula elevação de 45,8% nos últimos 12 meses – abastecer o carro tem se tornado mais caro e dispendioso. Neste cenário o GNV (gás natural veicular) se apresenta como uma opção mais viável e econômica. Além de ter um preço mais baixo que o das outras alternativas, a economia é justificada pelo seu alto rendimento em relação aos combustíveis líquidos, como etanol e gasolina.
Considerando os preços de maio, divulgados pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), enquanto um veículo na média roda 10 km com litro de gasolina, ou 7 km com litro de etanol, no GNV esse rendimento é de 14 km por metro cúbico, ou seja, o GNV rende o dobro do etanol e 40% a mais que a gasolina.
“Para percorrer uma distância de 200 quilômetros, um motorista precisaria desembolsar R$ 111 de gasolina ou R$ 118 de álcool. Caso ele utilize GNV, essa quantia cai para R$ 60”, pontua Rui Pires dos Santos, diretor-presidente da MSGÁS, a companhia responsável pela distribuição de gás natural em Mato Grosso do Sul.
Outro cálculo que pode ser feito e levado em conta, principalmente por motoristas de aplicativo, por exemplo, é o seguinte: um carro que roda 2.000 quilômetros por mês, em três anos, terá uma economia de cerca de R$ 13 mil em seu orçamento, isso já debitando o valor investido na conversão (R$ 5.220). Se a distância saltar para 4.000 quilômetros por mês, durante o mesmo período, a economia é de R$ 31.577,00, também com o valor investido na conversão incluído. Além disso, o gás natural traz muitas vantagens para quem o escolhe. Além de sentir a diferença no bolso, o consumidor pode ter a certeza de estar utilizando um combustível moderno e menos nocivo ao meio ambiente. Ele é uma fonte de energia limpa, reduz em mais de 50% a emissão de CO2 durante a queima e tem aproveitamento total, emitindo menos poluentes na atmosfera.
As vantagens do GNV ainda vão além. Ele ajuda até mesmo na durabilidade de algumas peças do carro. O item mais beneficiado é a injeção. Isso porque, ao contrário da gasolina ou do etanol, o gás natural não deixa resíduos nos bicos injetores, o que aumenta sua performance e vida útil. O óleo lubrificante também dura mais, por conta dessa “ausência de resíduos” no motor e, para completar, o escapamento também dura mais tempo, pois o GNV não deixa acúmulo de água no cano, como fazem os outros combustíveis.
Outro ponto extremamente vantajoso é no que diz respeito à distribuição. O abastecimento de gás natural é contínuo, por isso não há riscos de falta do combustível, por exemplo.
No site do Inmetro é possível conferir quais são as oficinas autorizadas a realizar conversão de veículos para o uso do gás natural veicular e, ainda, há uma área no site da MSGÁS onde é possível simular a economia que se pode obter ao utilizar o gás, tanto para motoristas quanto para comércios e indústrias.
Vale a pena?
Para utilizar o GNV, o usuário precisa levar em conta a quantidade de quilômetros percorridos, pois existe o investimento da conversão, que custa em média R$ 5.220. “Se considerarmos que as conversões podem ser parceladas em 12 meses, atualmente um usuário que percorre 57 quilômetros por dia ou
1.710 km/mês, consegue pagar a conversão com a própria economia no combustível neste período.”