Gasolina pode subir R$ 0,12 por litro nos postos de MS

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Reprodução/Agência O Globo

Reajuste autorizado pela Petrobras ficou em 6% no litro da gasolina e 3,7% no diesel

Os consumidores poderão esperar alta de até R$ 0,12 no litro da gasolina nas bombas dos postos de Mato Grosso do Sul, com o reajuste de 6% autorizado na segunda-feira pela Petrobras. No diesel o valor deverá majorar em R$ 0,09, já que o reajuste ficou em 3,7¨% A previsão é do Sindicato dos Postos de Combustíveis (Sinpetro), que alega que os aumentos podem acontecer assim que os estoques forem acabando.

Segundo o levantamento da Agência Nacional de Petróleo (ANP) em Mato Grosso do Sul o preço médio da gasolina se encontra em R$ 5,743, com menor valor a R$ 5,594 e o maior a R$ 6,199. Já em Campo Grande a gasolina estava cotada em média a R$ 5,655, com menos a R$ 5,549 a R$ 5,959 o valor mais elevado. No diesel o custo médio era de R$ 4,480, com menor valor a R$ 4,189 e o maior a R$ 4,930. Na Capital os preço médio de R$ 4,395.

De acordo com o diretor executivo do Sinpetro, Edson Lazarotto no ano a gasolina já majorou 38% e o etanol 43% no Brasil. “O aumento se deve as constantes altas no barril de petróleo mesmo com dólar não acompanhando as cotações”, salientou Lazarotto lembrando quer cada posto vai decidir como será repassada a alta, já que o mercado é livre.

Caminhoneiros 

O preço dos combustíveis, que subiu nesta semana, se soma a outra queixa dos caminhoneiros: o custo do óleo lubrificante. O presidente da ANTB (associação nacional do transporte), José Roberto Stringasci, diz que sentiu um aumento de cerca de 20% nos últimos dois meses, depois de o preço já ter subido em 2020.

Segundo ele, a troca de óleo de um caminhão, que custava pouco mais de R$ 1.100, hoje pode chegar a R$ 1.500 em alguns estados. Setores da categoria voltam a falar sobre uma nova paralisação a partir de 25 de julho motivada pelo cenário de preços.

A Petrobras afirma que registrou participação de 28% no atendimento do mercado de óleos básicos em 2021. A maior parte do produto vem do exterior (55%) e o restante é de rerrefino (17%), que limpa o óleo para reutilização. 

A estatal diz que a queda na demanda entre março e junho de 2020 estimulou a redução da produção nacional e das importações. O mercado voltou a se aquecer em julho do ano passado e chegou a níveis pré-pandemia, levando à escassez da matéria-prima com elevação de preços.

Os valores internacionais dos óleos básicos variaram entre 200% e 360% nos últimos 12 meses, de acordo com o tipo do produto, segundo a Petrobras, que afirma ter aplicado reajustes menores no período, mas não divulga os preços.

Procuradas pela reportagem, a Shell Brasil não se manifesta e a BR Distribuidora diz que não comenta sobre preço.

(Rosana Siqueira com informações da FolhaPress)

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