Fotógrafo faz árvore da COVID-19 para chamar atenção a conscientização

Símbolo natalino foi transformado após nove meses de lutas e perdas 

O mês tão animado e marcado pelas festividades está diferente esse ano, com menos brilho, menos risos, abraços e contato físico. Dezembro marca o 9º mês da chegada da pandemia do coronavírus em Mato Grosso do Sul e neste meio tempo vimos gente perdendo amigos, familiares, e mesmo assim ainda falta muito para humanidade aprender a se conscientizar sobre o seu contágio e foi com essa ideia de chamar atenção que o fotógrafo do jornal O Estado Nilson Figueiredo de 64 anos resolveu retratar tudo o que o mundo vem passando, para um dos símbolos natalinos, a árvore de Natal. 

“Como nós estamos passando pela pandemia do século eu não quis tapar o sol com a peneira, então nada mais justo do que colocar tudo aquilo que estamos vivendo para a árvore que embora ela sempre nos traz alegria no fim do ano, eu resolvi retratar o cenário como forma de atenção e alerta, transmitindo a conscientização aos demais”, comentou. 

Figueiredo pensou em cada detalhe da árvore da COVID-19 que foi colocada na redação do jornal onde trabalha. Com a ajuda da filha, companheira de vida e até da gráfica do próprio jornal, o fotógrafo montou sua obra por etapa.  

“A base traz os caixões representando as vítimas da doença, que são mais de duas mil vidas só em nosso Estado. Um pouco mais acima coloquei as ambulâncias representando o socorro, imagem de carro funerário, foto de cemitério que eu mesmo fiz”, detalhou.  

O meio da árvore foi enfeitado com bolinhas no formato do corona, fazendo a representação do vírus e sua proliferação como no momento atual que estamos vivendo. 

“Em cima, enfeitei com ampolas e seringas e no topo está a nossa estrela que seria a vacina sendo a nossa salvação”, enfatizou.  

Da ideia criada com carinho, o fotógrafo queria ter feito ainda mais, mas acredita ter atingido seu objetivo de alertar e conscientizar as pessoas. “Gostaria de ter feito mais, ter homenageado os médicos que estão na linha de frente. Faltou mais detalhes, mas eu recebi muita ajuda. A ideia foi minha, minha filha fez a arte, minha parceira também ajudou, o jornal O Estado me deu suporte para imprimir as fotos. Ao lado coloquei todas as bandeiras onde o corona já atingiu dos países e fiz a luz no fim do túnel que é Jesus, nossa salvação”, explicou dando detalhes da arte.  

Como pessoa do grupo de risco, Figueiredo tem expectativa que no próximo ano a vacina já esteja sendo aplicada em nosso município e deseja ser um dos primeiros a tomar. “Minha expectativa é uma das melhores possível, não vejo a hora de tomar essa vacina e eu espero que seja breve”, finalizou. 

 

Dayane Medina 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *