Fernando Rufino é tetracampeão mundial de Paracanoagem e mantém domínio na classe VL2

Foto: Fabio Canhete / CBCa
Foto: Fabio Canhete / CBCa

O sul-mato-grossense Fernando Rufino, conhecido como “Cowboy de Aço”, conquistou neste sábado (23) o tetracampeonato do Mundial de Paracanoagem Velocidade, em Milão, na Itália. O paratleta cruzou a linha de chegada na final A do VL2 Masculino 200m com o tempo de 51s80, garantindo a medalha de ouro.

A vitória de Rufino foi decisiva para que a delegação brasileira encerrasse o dia com quatro medalhas: uma de ouro, duas de prata e uma de bronze. O compatriota Igor Tofalini, que competiu na mesma prova, completou a dobradinha brasileira com a prata, cruzando a linha de chegada em 51s84.

O resultado reafirma a dominância de Rufino na prova de 200m da classe VL2, categoria em que a remada é realizada com canoa, utilizando tronco e braços. O paratleta é bicampeão paralímpico nesta mesma especialidade, tendo subido no lugar mais alto do pódio nos Jogos de Tóquio 2020 e Paris 2024. Nas Paralimpíadas de Paris, ele também conquistou o ouro nos 200m, com tempo de 50s47, estabelecendo recorde da competição.

O histórico de conquistas de Fernando Rufino inclui o primeiro título mundial em 2021, em Copenhague, Dinamarca, seguido pelo bicampeonato em 2023, em Duisburg, Alemanha, e pelo tricampeonato em maio do ano passado, em Szeged, Hungria. A sequência de vitórias consolida o sul-mato-grossense como um dos grandes nomes da canoagem paralímpica mundial.

Superação e raízes

Natural de Eldourado e atualmente residente em Itaquiraí, interior do Mato Grosso do Sul, Fernando Rufino mantém viva a ligação com suas origens, sempre usando o tradicional chapéu de couro boiadeiro. Antes de se tornar paratleta, ele era peão de rodeio e sofreu um grave acidente em 2005, ao ser atropelado por um ônibus, que resultou na perda parcial do movimento das pernas.

Mesmo após o acidente, Rufino iniciou sua trajetória na canoagem aos 27 anos, em 2012, no Parque das Nações Indígenas, sob orientação do treinador Admir Arantes. Desde então, sua carreira foi marcada por evolução constante e conquistas internacionais, consolidando-o como referência no esporte paralímpico brasileiro.

 

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