Falta de qualificação impede acesso a mercado de trabalho da Capital

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Arquivo OEMS

Funsat aponta que índice de colocação varia de 10% a 12%

A falta de mão de obra qualificada dificulta o acesso da população às vagas de trabalho que são ofertadas em Campo Grande. Levantamento da Funsat (Fundação Social do Trabalho de Campo Grande) mostra que, de 13 mil postos de trabalho intermediados nos últimos 16 meses, apenas de 10% a 12% foram preenchidos.

De acordo com o diretor-presidente da Funsat, Luciano Martins, a entidade intensificou a captação de emprego nas sete regiões da cidade. “O Poder Púibico ampliou o serviço de captação de oportunidades de trabalho principalmente na pandemia e nas regiões mais bem populosas da Capital. Cada região tem empresas que estão com vagas, mas os empresários não sabem que a Funsat ajuda na divulgação. Basta traçar o perfil que eles precisam que a Funsat pode ajudar na intermediação”, salientou.

Ele diz que nos últimos meses é normal ter mais oferta de trabalho do que gente colocada. “Temos na Funsat vagas para todos os níveis. Boa parte delas se destina a quem tem Ensino Médio”, destacou. Martins alega que a entidade também oferece trabalho para profissionais com nível superior. “Temos também vagas com número expressivo na Funtrab e Funsat para nível superior. Neste ano tivemos bastante procura por pessoas na área da saúde como biomédicos e enfermeiros”, acrescentou, lembrando que existem oportunidades para todos os perfis e todos segmentos.

Falta de qualificação

Mesmo assim a qualificação, ou a falta dela é o maior entrave na atuação da Funsat. “Desde quando assumi a Funsat há 16 meses, tivemos 13 mil vagas de trabalho ofertadas, mas conseguimos colocar apenas 1.880 pessoas no mercado. Tenho notado que o volume de colocados fica em 10% a 12% em relação às vagas”, detalha.

O diretor lembra que a qualificação é um dos elementos mais buscados neste período. “A falta de qualficação é, sim, um dos elementos que dificultam a colocação no mercado”, afirmou.

Além disso, ele enfatiza que a indefinição sobre o auxílio emergencial reduziu a procura de trabalho nesta época. “Desde o fim do ano quando o governo federal pagou a última parcela do auxílio, e até definir o novo cronograma, houve uma variação nos índices”, sinalizou.

O setor de serviços, segundo o diretor da Funsat, ainda é o que mais gera emprego na Capital. “Mesmo sabendo o que agro sustenta a economia, na Capital o setor de serviços puxa vagas, basta ver os dados do Caged. Em seguida vêm o comércio e a construção civil”, afirmou.

O segmeto de tecnologia também avançlou em oportunidades, principalmente no ano de pandemia. “O setor de TI (Tecnologia de Informação) foi o carro-chefe que impulsionou o mercado, além da comunicação e design digital. Hoje as empresas buscam mais pessocas com formação em cursos técnicos e tecnólogos”, admitiu.

Microcrédito

A Prefeitura de Campo Grande deverá implantar em até 180 dias o Programa Municipal de Microcrédito Popular. A lei prevê a destinação de R$ 4 milhões do tesouro municipal para fomentar o empreendedorismo e, com isso, avançar nas ações para retomada do crescimento econômico local.

Segundo o diretor, a meta é promover a inclusão social e produtiva, o desenvolvimento sustentável e a geração de emprego e renda entre os empreendedores individuais, formais ou informais, microempresas e cooperativas, por meio da concessão de microcrédito e capacitação empreendedora.

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