Os Estados Unidos mudaram de ideia sobre a indicação da Argentina para a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e agora vão privilegiar o Brasil. A informação de que a entrada do Brasil no grupo que reúne as maiores economias mundiais terá o apoio americano foi confirmada no final da noite de terça-feira (14) pelo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.
Segundo a Folha de S.Paulo, os Estados Unidos já entregaram até uma carta à OCDE oficializando o apoio ao Brasil. A ideia é que o Brasil seja o próximo país a ingressar no grupo. “Os EUA querem que o Brasil se torne o próximo país a iniciar o processo de adesão à OCDE. O governo brasileiro está trabalhando para alinhar as suas políticas econômicas aos padrões da OCDE enquanto prioriza a adesão à organização para reforçar as suas reformas políticas”, disse a embaixada dos EUA em Brasília.
Caso essa estratégia dê certo, o Brasil vai ficar com a vaga da Argentina, que havia sido indicada à OCDE pelos Estados Unidos em outubro do ano passado. A indicação da Argentina pegou de surpresa o governo de Jair Bolsonaro, que, por apoiar os Estados Unidos e também estar trabalhando com base nas regras da OCDE, esperava ser priorizado pelo presidente americano Donald Trump.
O recuo dos Estados Unidos representa, então, um gesto a Bolsonaro, que recentemente saiu em defesa do ataque americano que acabou com a morte do general iraniano Qasem Soleimani. (João Fernandes com Congresso em Foco)