A eficácia da trombectomia mecânica em casos agudos de acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico, foi confirmada após uma pesquisa realizada em pelo menos 12 polos de atendimento do Sistema Único de Saúde.
O estudo sugere a adoção do tratamento na saúde pública do Brasil, o que depende da aprovação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec).
O acidente vascular cerebral isquêmico é o tipo mais frequente de AVC e acontece quando um vaso sanguíneo que irriga o cérebro é entupido por um coágulo ou trombo. Quando esse entupimento provoca a ruptura do vaso, o AVC se torna hemorrágico, o que ocorre em 15% dos casos.
Na trombectomia, um cateter é usado no AVC isquêmico para desobstruir um vaso sanguíneo no cérebro de forma mecânica, removendo o coágulo com o uso de um stent ou por sucção. O tratamento usado atualmente é a trombólise, em que os coágulos desse tipo são dissolvidos por meio de medicação. Segundo a Rede Brasil AVC, o uso do cateter já ocorre em 68 hospitais privados do país e é uma realidade na rede pública de outros países, como o Canadá e Chile.
A trombectomia também pode atender a casos em que já não há mais tempo para recorrer à trombólise. O tratamento medicamentoso para dissolver os coágulos é eficaz até quatro horas e meia depois do início dos sintomas, enquanto o cateter pode ser utilizado até oito horas depois, chegando a 24 horas em casos específicos, segundo a Rede Brasil AVC.
(Texto: Karine Alencar com informações da Agência Brasil)