Recursos devem servir para infraestrutura do sistema de vigilância e concurso de veterinários
Mato Grosso do Sul terá R$ 18 milhões de recursos para investir no plano de retirada da vacina contra a febre aftosa. A informação foi repassada pelo Comitê Gestor Estadual do Plano Estratégico do PNEFA, que se reuniu na quinta-feira (21), em Campo Grande, para o IV Fórum PNEFA-MS a fim de alinhar as ações estratégicas que buscam a elevação do status sanitário do Estado e do país.
Na abertura o secretário Jaime Verruck falou das ações do governo do Estado para a cadeia produtiva. “O comitê nos repassou alguns pontos importantes para a conquista da meta. Serão R$ 18 milhões para a infraestrutura. Com base nisso também foi autorizada a abertura de edital para concurso de médicos veterinários que farão parte da equipe envolvida com as etapas do plano e a garantia de aporte de 20 milhões ao Fundefesa até dezembro.”
O primeiro palestrante da tarde foi o diretor do Departamento de Saúde Animal e Insumos Pecuários, do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, Geraldo Marques Moraes. “Queremos mostrar a qualidade do serviço sanitário do Brasil para o mundo. Este é um processo de evolução que deve ser consciente e com o envolvimento de todos. Este encontro nivela esse trabalho.”
“A retirada da vacinação contra febre aftosa vai elevar o status sanitário de Mato Grosso do Sul a um novo patamar global. Já somos referência em produção e qualidade, e, agora, a meta é a abertura de novos e exigentes mercados”, ressaltou o presidente do Sistema Famasul, Marcelo Bertoni.
“Estamos em um processo concreto de evolução e o estado segue para um novo momento, ressaltando as potencialidades de nossa pecuária e o engajamento dos produtores rurais, cada vez mais comprometidos e tecnificados”, complementou, citando as ações do Sistema Famasul, como a conquista como campeão do 1º Prêmio Pecuária Saudável e a criação do Fundefesa-MS.
Ações
A atuação do Comitê Gestor Estadual do Plano Estratégico do PNEFA e as ações da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) foram apresentadas pelo diretor-presidente, Daniel Ingold. “O estado produz uma das melhores carnes do Brasil e do mundo e ele precisa ser valorizado e reconhecido por isso. Este é um processo que trará benefício para toda a cadeia produtiva, inclusive para os consumidores da proteína”, esclarece.
A rodada de palestras fechou com o coordenador do Grupo de Trabalho de sanidade da CNA, Mauricio Saito. “Para chegar a um novo patamar é preciso que exista a mudança de conceito, em relação à fiscalização, por exemplo. Buscamos o maior nível sanitário internacional e isso vai além de números absolutos, pois é um impacto direto na economia e o maior reconhecimento da produção agropecuária do estado”, afirma.
O superintendente federal de Agricultura em Mato Grosso do Sul, Celso Martins, foi o mediador da mesa-redonda. “Hoje nós temos uma criação de fundo que entendemos como um exemplo, pela diversidade de instituições que têm o objetivo de proteger contra febre a aftosa”, ressaltou.
Participaram do evento presidente da Furnar, Janes Bernardino Lyrio; presidente da Acrissul, Jonatan Pereira Barbosa; presidente da Avimasul, Adroaldo Hoffmann; presidente do Conselho de Medicina Veterinária de MS, Rodrigo Piva; diretor da Reflore, Dito Mario; o diretor-tesoureiro do Sistema Famasul, Frederico Stella; além dos presidentes de sindicatos rurais.
Retirar a vacinação até o próximo ano
O secretário Jaime Verruck, da Semagro, alega que a retirada da vacinação é o principal foco de trabalho do Estado na área animal. Além de estruturar a Iagro, o governo trabalhou na criação de dois fundos indenizatórios, um público e outro privado, para atender situações emergenciais em casos de aftosa.
“Mato Grosso do Sul está se preparando para atingir esse patamar, e está muito próximo para que a gente possa avançar e ter status de Estado livre de febre aftosa sem vacinação. No próximo ano, estaremos prontos para a retirada da vacina com segurança, qualidade e tranquilidade de que não vamos ter nenhum surto de febre aftosa em Mato Grosso do Sul”, defendeu Jaime Verruck.
Texto: Rosana Siqueira