A Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) abrirá processos de licitação neste mês (janeiro de 2021) para a construção de 15 pontes de concreto nos pantanais do Nabileque e Nhecolândia, em Corumbá. As antigas estruturas, anteriormente de madeira, foram destruídas pelos incêndios florestais que ocorreram na região entre os meses de agosto e outubro.
O Governo de Mato Grosso do Sul solicitou apoio financeiro ao governo federal para reconstrução das pontes, em conformidade com as normas do Decreto de Situação de Emergência assinado em setembro pelo governador Reinaldo Azambuja. Os projetos foram aprovados pela Defesa Civil do Estado e do Ministério de Desenvolvimento Regional.
Reduzir custos
“Fizemos a opção por implantar pontes de concreto dentro do propósito do governo de reduzir custos com manutenção de estruturas de madeira, além de garantir uma infraestrutura duradoura para uma região que tem incidência de fogo e depende da garantia do acesso para escoamento da produção e promoção do turismo”, afirma o governador Reinaldo Azambuja.
As pontes de madeira, com tamanhos variáveis de 30 metros a 90 metros de comprimento, foram totalmente destruídas pelo fogo, com características de crime ambiental em algumas estruturas por não existir queima de vegetação em seu entorno, conforme análise preliminar durante a vistoria da Defesa Civil Estadual e do MDR.
A maioria das pontes (6) está localizada na rodovia MS-243, no Nabileque, onde extensa floresta de carandazal foi atingida pelos incêndios. As demais pontes ficam situadas na MS-195 (4) e MS-325 (2), na mesma região, e na MS-184 (3), Nhecolândia. O acesso às localidades, hoje, é feito por meio de desvios, alternativa possível enquanto o Pantanal se mantém seco.
Em conclusão
Duas novas pontes de madeira estão sendo construídas pelo Estado na região pantaneira, garantindo acesso a regiões de difícil acesso. Travessia de 72 metros na Vazante Baía Negra, estrada MS-228, queimada em agosto, está 80% concluída e será entregue em meados deste mês (janeiro de 2021). A nova estrutura utiliza esteios de árvores das espécies ipê, angico e faveiro.
A ponte da Vazante Baía Negra fica situada entre a comunidade ribeirinha do Porto da Manga, às margens do Rio Paraguai, e o Morro Grande, entroncamento da MS-228 (Estrada-Parque) com a MS-432. Na mesma região, a Agesul projeta a reconstrução da ponte de madeira da Vazante do Areião, de 89 metros, também destruída pelo fogo, por estrutura de concreto.
Outra travessia de grande importância para acesso ao Pantanal do Nabileque, a ponte de madeira sobre o Rio Naitaca, no limite dos municípios de Corumbá e Porto Murtinho, foi reconstruída em tempo recorde para atender a uma região essencialmente de pecuária. Na MS-382, a estrutura de 160 metros foi destruída parcialmente pelo fogo, em agosto deste ano.
Com informações da assessoria