Governo de MS diz que já busca parceiros para a restauração de todo o bioma
Com os focos de incêndio controlados na parte sul-mato-grossense do Pantanal, o governo do Estado traça dois objetivos como prioritários a partir de agora: a contagem dos animais mortos pelo fogo e parcerias para restauração do bioma destruído.
A informação foi divulgada ontem (18) pelo secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck. Segundo ele, os principais focos de incêndios estão controlados. “Neste momento, o número de focos de incêndio está reduzido. Os focos aparecem a cada minuto, mas neste momento não temos nenhum grande incêndio”, disse.
Pontos considerados críticos, como a Unidade de Conservação do Alto Taquari, em Alcinópolis, tiveram os focos de incêndio debelados durante a manhã de ontem, de acordo com informações passadas pelo secretário. Até aqui, as chamas já consumiram 2,9 milhões de hectares do Pantanal (19,3% do total do bioma), sendo que, desse total, 1,165 milhão de hectares está em Mato Grosso do Sul (12,7% do total da área). Para comparação, 37,3% do Pantanal mato-grossense já se perdeu com os incêndios.
Com isso, a redução dos incêndios, segundo o próprio Verruck, o plano agora será planejar a recuperação. Como primeiro passo, o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) se uniu a universidades, organizações não governamentais e voluntários para iniciar uma força-tarefa com o objetivo de reabilitar a vida animal da região. Uma estimativa de quantos animais morreram ou estão feridos está sendo feita há dez dias.
Diante do cenário emergencial, o mutirão teve pouco tempo para definir a equipe e elaborar um protocolo padronizado para todas as instituições envolvidas. As coletas serão realizadas enquanto durarem os incêndios e os resultados serão depois publicados em periódicos científicos. Há também o objetivo de informar o público geral.
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