ADGIMS representa MS em Aparecida do Norte com meninas de 10 e 12 anos
Quatro atletas de Campo Grande viajam nesta quarta-feira (5) para Aparecida do Norte (SP), onde disputarão o Torneio Nacional de Ginástica Rítmica, de quinta-feira (6) a domingo (9). As meninas representam a ADGIMS (Associação Desportiva e Ginástica de Mato Grosso do Sul), após garantir vaga no Torneio Regional Centro-Oeste, no mês de julho, em Sinop (MT).
Durante o torneio em Mato Grosso, a equipe conquistou o terceiro lugar no geral, com destaque para o trio pré-infantil, que foi campeão, e para Emanuelle Araújo da Mata, vice-campeã individual na categoria Infantil – Divisão 3. O resultado garantiu a presença da ADGIMS no Nacional, que começa hoje (6), com as provas individuais, e segue até domingo (9), com apresentações das categorias infantil e pré-infantil.

Foto: Nilson Figueiredo
A delegação é formada pelas ginastas Emanuelle da Mata, 12 anos, Valentina Araújo da Mata, Emanuelly Mota Cerqueira e Maria Eduarda Fernandes Souza, de 10 anos, que integram o projeto de ginástica rítmica da Prefeitura de Campo Grande. A equipe viaja acompanhada das professoras Milena Falcão, técnica responsável, e Ana Paula Quissi, que atuará como árbitra do torneio.
As atletas representam o Estado em diferentes provas. Emanuelle disputa o individual infantil divisão 3, nas séries de mãos livres e bola, enquanto a irmã caçula, Valentina, participa do individual pré-infantil e também compõe o trio pré-infantil ao lado de Emanuelly e Maria Eduarda, que se apresentam com a bola.
Animadas e confiantes, as meninas vivem a expectativa da viagem e das apresentações. “A gente está treinando muito para conseguir ficar no pódio e ter uma boa competição”, contou Maria Eduarda. “Eu estou esperançosa que a gente vai pegar pódio, porque estamos treinando todo dia”, completou Valentina.
Mais experiente, Emanuelle Araújo, que está há cinco anos no projeto, encara a competição com tranquilidade. “Antes eu estava nervosa, mas agora estou mais concentrada. Estou me esforçando bastante e espero um bom resultado”, disse.
“Já participei de outros dois torneios nacionais como conjunto, mas essa é a primeira vez que vou competir no individual. É diferente, tem mais responsabilidade, porque é só você ali.”
A atleta, que se inspira em nomes como a búlgara Stiliana Nikolova e a brasileira Babi Domingos, sonha em seguir carreira na modalidade. “Meu maior sonho é chegar nas Olimpíadas, representar a Seleção Brasileira. Eu quero continuar treinando e evoluindo na ginástica”, afirmou.
Apoios e projeto social

Técnica Milene Falcão enfatiza ambiente da ginástica rítmica – Foto: Nilson FIgueiredo
Mesmo com a classificação garantida, a equipe precisou se organizar por conta própria para viabilizar a viagem. A técnica Milena Falcão, 28 anos, explica que o grupo não recebe auxílio para transporte nesta etapa. “Dessa vez não conseguimos apoio. As meninas e os pais se juntaram para dividir os custos, fizeram rifas e ações para arrecadar o valor para custear tudo”, disse. Segundo ela, em competições regionais o projeto costuma contar com apoio para deslocamento.
Formada em Educação Física, Milena começou na ginástica ainda criança, em projetos da própria Funesp (Fundação Municipal de Esportes). Hoje, além de técnica da ADGIMS, atua como chefe de delegação de Mato Grosso do Sul no nacional. “Eu fui ginasta de artística e depois de rítmica. Sempre gostei desse ambiente. Quando parei de competir, comecei a trabalhar como professora de ginástica. É gratificante ver essas meninas crescendo e conquistando espaço que eu já conquistei um dia.”
No projeto municipal, Milena coordena turmas a partir dos cinco anos de idade. “Nós acolhemos toda a comunidade. Temos meninas que vêm de bairros distantes para treinar. A ginástica começa na escolinha, passa pela base, pela especialização e chega à equipe de rendimento. Muitas começam sem nenhuma experiência e evoluem com o tempo”, explica.

Professora Ana Paula Quissi – Foto: Nilson Figueiredo
A professora Ana Paula Quissi, 28, vai representar o Estado como árbitra no torneio. Formada em Educação Física, ela atua na arbitragem nacional há dois anos e explica que o processo exige capacitação e atualização constante. “A cada quatro anos o código da ginástica muda, então é preciso estudar e fazer uma prova, é tudo muito organizado. É um trabalho que exige ética e neutralidade. A gente precisa ser justa o tempo todo, independente da ginasta ou da música que está tocando”, destaca.
A delegação sul-mato-grossense chega a Aparecida do Norte confiante em repetir o bom desempenho do regional e trazer novos resultados para o Estado. Mais do que medalhas, a viagem representa uma conquista para o grupo, que une esforço, disciplina e amor pela modalidade.
Por Mellissa Ramos
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