Com nove feriados prolongados, as expectativas para o turismo brasileiro estão em alta para o ano 2020. Segundo Bruno Wendling, diretor-presidente da Fundação de Turismo do Mato Grosso do Sul, a expectativa é de um aumento de 5% na movimentação no Estado. Contudo, quando se observa o cenário para o comércio a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo estima prejuízos para o comércio. Dentre os setores mais afetados estão: super e hipermercados que lideram a lista, seguidos pelos estabelecimentos de artigos pessoais, domésticos e vestuário. Em Campo Grande, Adelaido Vila, presidente da CDL/CG (Câmara de Dirigentes Lojistas), afirma que comerciantes precisam estimar se ganhos no período serão compensatórios, antes de decidir se abrirão ou não, já que os custos são elevados.
“Neste ano temos uma quantidade significativa de feriados. Hoje, você tem a possibilidade de abrir, em quase todos eles, menos em quatro que a confederação não permite a abertura. O grande problema que temos hoje, não é nem a questão de poder abrir ou não no feriado, mas sim, a questão da mão de obra. Você tem que pagar um diferencial, um adicional de trabalho para os funcionários nesses dias e tudo isso acaba impactando significativamente no custo e até mesmo na decisão de abrir ou não no feriado”, ressaltou Adelaido, que mesmo assim, afirma que é necessário ressarcir os funcionários pelo trabalho desenvolvido.
Mesmo sem ter uma estimativa sobre o montante que poderá ser retirado com os feriados em Campo Gatande, Vila explica que os empresários ainda precisam conviver com a instabilidade do comércio e com a incerteza se realmente as vendas do feriado serão efetivadas, principalmente nos dias que não estão próximos do pagamento. “Ainda não temos uma estimativa em reais sobre os valores que podem ser retirados, mas por tudo aquilo que já conversamos, o que nos preocupa é o custo de abrir. O empresário acaba pagando muito para abrir, mas, não tem a certeza de que o consumidor vai até o seu estabelecimento. Se a gente soubesse ao certo que abriríamos e teríamos um bom retorno, seria uma situação totalmente diferente, mas corremos o sério risco de sair no prejuízo”, lamentou. No Brasil, o prejuízo estimado chega a R$ 19,6 milhões.
Turismo de MS no Mundo
Questionado sobre a expectativa para o turismo de MS, Bruno Wendling, Diretor Presidente da Fundação de Turismo comentou que além dos feriados, a maior movimentação se dará também, pela retomada da economia. “A expectativa é positiva por conta tanto dos feriados, quanto da retomada da economia. Esperamos aumento de 5% em média no fluxo para os principais destinos do estado”, apontou.
Iniciando os trabalhos de divulgação dos destinos de MS, de 24 a 26 de janeiro, a Fundtur-MS apresentará o turismo estadual estará representado na New York Times Travel Show, nos Estados Unidos. Durante a capacitação, Mato Grosso do Sul fará uma apresentação de cerca de 10 minutos sobre seus principais destinos turísticos aos profissionais norte-americanos. Fará também a exibição de vídeos institucionais que mostram as belezas naturais, a cultura local e um pouco da estrutura turística do estado. MS será o único representante do Centro-Oeste na ação.
Em 2018, de acordo com o Anuário Estatístico de Turismo, ano-base 2019, o Brasil recebeu 538.532 turistas norte-americanos, sendo o segundo maior emissor de turistas para o país desde 2014. O Anuário 2019 de Dados Turísticos do Observatur-MS (Observatório do Turismo de Mato Grosso do Sul) aponta que os EUA foram o maior emissor de turistas estrangeiros por via aérea para Mato Grosso do Sul.
(Texto: Michelly Perez)