O mês de setembro apresentou o maior número de endividados em Campo Grande, passando de 59,6% (106.111) em agosto para 61,1% (107.657). O percentual é o maior desde o início do ano, conforme mostra a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), desenvolvida pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Em comparação ao mesmo período do ano passado, a proporção era de 56,7% (93.177).
As pessoas endividadas com conta em atraso teve registro de 34,4% no mês que passou. Em contrapartida, o número de inadimplentes atingiu 10,4%, ou seja, diminuiu em relação a setembro de 2019, quando foi registrado 11,5%. Com isso, são 32.619 famílias que não têm condições de pagar as contas, contra 35.548 do ano passado.
“Endividar-se pode ser passar o cartão de crédito para pagar no mês seguinte, pode ser o financiamento da casa, do carro, pode ser o carnê de loja. Quando você não consegue pagar essas contas, quando estão em atraso por até três meses, essas pessoas estão endividadas, mas estão conseguindo pagar as contas. Se superar esses três meses, essas pessoas se tornam inadimplentes”, explica a economista do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio MS (IPF-MS), Daniela Dias.
Ainda de acordo com ela, alguns fatores podem levar a esse aumento de dívidas. “Nós temos alguns fatores que podem ajudar a justificar esse comportamento. Pode ter pessoas que estão com dificuldade de renda e acabam se endividando para conseguir pagar algumas contas ou até mesmo para garantir a sobrevivência de alguma forma, temos um outro fator que está relacionado a própria alteração de comportamento das pessoas. Vale salientar também que nós tivemos alterações comportamentais daquilo que é consumido”, observa.
(Confira mais na página A8 da versão digital do jornal O Estado)
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