Enfática em suas declarações, a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, disse que o embargo chinês à carne no Brasil que já dura dois meses, não é jogo político e muito menos tática para baixar os preços. Os argumentos vieram em meio a uma entrevista nessa quarta-feira (27).
“Não posso afirmar isso. O que posso dizer é que se trata de uma estratégia chinesa e que o ministério tem a obrigação de fazer sua parte, que é prestar as informações pedidas de forma transparente”, disse a chefe da pasta para a CNN.
Na mesma linha, Tereza Cristina falou ainda que toda essa demora nas respostas podem estar ligadas a um estoque interno mais amplo. “A China voltou a crescer com a produção de suínos, após problema que durou três anos. Hoje, eles têm um volume maior de carne suína. A gente substituiu um pouco essa necessidade por um tempo”, pontuou.
“Estamos conversando com as equipes técnicas constantemente para esclarecer essa questão, e esperamos retomar os envios no curtíssimo prazo”, declarou.
A ministra disse também que 40% do estoque que espera liberação para entrar na China estão pagos. “40% dessa carne os exportadores brasileiros recebem mesmo antes de essa carne chegar à China”.
Tereza Cristina destacou que o caso não é inédito no mundo, citando a Irlanda, que teve a suspensão pelo mesmo motivo do Brasil em maio e, até agora, não foi retomada. Vale lembrar que o Brasil suspendeu de forma voluntária os envios da proteína à China no dia 4 de setembro, depois da confirmação de dois casos atípicos de “doença da vaca louca” em rebanhos.
Com informações da CNN