O dólar começou a semana em disparada, encerrando a sessão desta segunda-feira (16) acima de R$ 5 pela primeira vez na história, dessa forma, registrando a maior alta percentual diária em quase três anos. Já o principal índice da bolsa brasileira, o Ibovespa, fechou em queda de quase 14%, renovando as mínimas desde 2018.
O câmbio doméstico foi afetado adicionalmente pelo salto nas apostas de corte mais agressivo de juros pelo Banco Central brasileiro na próxima quarta-feira, depois de o Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) em novo movimento emergencial derrubar o juro norte-americano para perto de zero no domingo.
Seguindo um dia de fortes perdas nos mercados financeiros diante das dúvidas sobre a capacidade de bancos centrais e governos de lidar com a crise do coronavírus, a moeda norte-americana fechou a R$ 5,0467, apresentando uma nova máxima recorde nominal para um encerramento de sessão.
A alta percentual é a mais intensa desde a disparada de 8,15% de 18 de maio de 2017, data que ficou conhecida como “Joesley Day”, depois de o empresário Joesley Batista ter divulgado áudios do então presidente da República Michel Temer.
IBOVESPA
Em nova sessão com circuit breaker, com as últimas respostas de autoridades aos efeitos da pandemia do novo coronavírus trazendo aflição de que a desaceleração nas economias será maior do que se vem projetando.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Bovespa caiu 13,92%, ficando a 71.168,05 pontos. O volume financeiro somou R$ 52,87 bilhões, influenciado ainda pelo vencimento dos contratos de opções sobre ações, que movimentou R$ 21,36 bilhões.
O circuit breaker foi acionado às 10:24, após o Índice cair 12,53%, a 72.321,99 pontos, o quinto do mês em meio à forte volatilidade nos mercados devido ao vírus e seus efeitos econômicos. Na mínima, o Ibovespa chegou a 70.854,82 pontos, queda de 14,3% e quase disparando um segundo circuit breaker na sessão.
(Texto: Izabela Cavalcanti com informações do site Reuters)