Analistas acreditam que o Banco Central não irá intervir ainda e está confortável com o câmbio nos patamares atuais
Por mais um dia, o dólar renovou máxima histórica, superando os R$ 4,28 nesta sexta-feira (31), repercutindo o mais novo fator de aversão ao risco do mercado: o coronavírus. Os possíveis impactos na economia global para a doença, que foi classificada como emergência global na quinta pela Organização Mundial da Saúde (OMS), seguem assustando o mercado, que busca por ativos menos arriscados e sai dos emergentes.
Este foi um dos motivos para a queda do real de cerca de 6% em janeiro, o segundo pior desempenho entre os emergentes. Tal desempenho aumentou as especulações se o Banco Central atuaria mais fortemente para conter a moeda, como por exemplo do final de novembro de 2019. Na ocasião, o BC fez leilão de dólar em duas ocasiões com a justificativa de que o real estava disfuncional e descolado de outras moedas.
No momento, não espera-se que o Banco Central atue de forma contundente no mercado de câmbio, conforme análise da equipe de estratégia do Morgan Stanley, destacando os sinais de que a autoridade monetária está confortável com o dólar nos níveis atuais.
(Texto: Lyanny Yrigoyen com InfoMoney)