Documentário ‘A Voz dos Inocentes’ revela rede de pedofilia em Campo Grande e escancara falhas em investigações

Foto: Reprodução/Youtube
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Lançado no Dia Nacional de Combaye ao Abuso Sexual, vídeo reúne relatos de vítimas, omissões das autoridades e alertas para crimes dentro de escolas e famílias

Um documentário lançado neste domingo (18), no YouTube, escancarou uma realidade que muitas vezes se tenta esconder: crianças e adolescentes sendo vítimas de abuso sexual dentro de casa, nas escolas e até no ambiente virtual. A produção, intitulada A Voz dos Inocentes, reforça os alertas da campanha Maio Laranja e lança luz sobre casos que envolvem até redes internacionais de pedofilia.

O lançamento aconteceu no Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes e repercutiu pelas denúncias e relatos fortes. Entre os casos apresentados, há o de uma mãe aqui da Capital que diz ter tido a investigação sobre o abuso de sua filha de 4 anos arquivada, mesmo com laudos médicos e psicológicos que indicavam sinais claros da violência. 

O vídeo reúne depoimentos de pais e especialistas de diferentes áreas. Participam da produção a advogada Janice Andrade, a psicóloga Emília Luna, a médica pediatra Amanda Coutinho, o diretor-presidente da Agência Municipal de Tecnologia da Informação e Inovação (Agetec), Leandro Basmage, e a coordenadora da UNCME-MS, Alelis Gomes. Todos tratam de diferentes aspectos da violência sexual, desde os impactos psicológicos até a dificuldade em garantir investigação e punição.

A pergunta que guia o documentário é provocadora: “Você já pensou que o lugar onde seu filho deveria estar mais seguro pode ser justamente onde mora o perigo?” E essa sensação se confirma em depoimentos de pais que enfrentam, além da dor, o silêncio e a lentidão do sistema de justiça.

Dados divulgados recentemente pelo Unicef em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostram que, entre 2021 e 2023, o Brasil registrou mais de 164 mil casos de violência sexual contra menores de 19 anos. Só no ano passado, foi registrada uma média de uma ocorrência a cada oito minutos. Os números não incluem os casos subnotificados, o que agrava ainda mais o cenário.

 

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