Nesta segunda-feira , é o Dia do Orgulho LGBTQI+,o Dia Internacional do Orgulho Gay é comemorado anualmente em 28 de junho em todo o mundo. Saiba um pouco de como surgiu esse movimento e por que ele é tão importante para a comunidade.
Há quase 52 anos, durante as primeiras horas da manhã de 28 de junho, dava-se início a uma rebelião no bar Stonewall Inn, em Nova York (EUA), contra a violência policial infligida a pessoas LGBTQIA+ e pela conquista de direitos civis.
A partir deste acontecimento foram organizados vários protestos em favor dos direitos dos homossexuais por várias cidades norte-americanas.
A 1ª Parada do Orgulho Gay foi organizada no ano seguinte (1970), para lembrar e fortalecer o movimento de luta contra o preconceito.
A Revolta de Stonewall Inn é tida como o “marco zero” do movimento de igualdade civil dos homossexuais no século XX.
A palavra orgulho é neste caso como um antónimo de vergonha, que foi usada ao longo da história para controlar e oprimir indivíduos LGBT+. Orgulho neste sentido é uma afirmação de cada indivíduo e da comunidade como um todo. O moderno movimento de orgulho gay começou após a Rebelião de Stonewall em 1969, quando homossexuais em bares locais enfrentaram a polícia de Nova Iorque durante uma rusga inconstitucional. Apesar de ter sido uma situação violenta, deu à comunidade até então underground o primeiro sentido de orgulho comum num incidente muito publicitado. A partir da parada anual que comemorava o aniversário da Rebelião de Stonewall, nasceu um movimento popular nacional, e atualmente muitos países em todo o mundo celebram o orgulho LGBT+.
O movimento do Orgulho LGBT tem três premissas principais: que as pessoas devem ter orgulho da sua orientação sexual e identidade de género; que a diversidade é uma dádiva; e que a orientação sexual e a identidade de género são inerentes ao indivíduo e não podem ser intencionalmente alteradas.
Orgulho LGBT+ é o conceito segundo o qual lésbicas, gays, bissexuais, transgénero e, por vezes, outros grupos tipicamente ligados à comunidade LGBT, como pessoas intersexo, devem ter orgulho de quem são e da identidade que possuem como parte de LGBT+.O movimento vem promovendo a causa dos direitos LGBT+ pressionando políticos, registrando votantes e aumentando a visibilidade para educar sobre questões importantes para a comunidade LGBT+. O movimento de orgulho LGBT+ defende o reconhecimento de iguais “direitos e benefícios” para indivíduos LGBT+.
O Dia do Orgulho Gay também é um reforço para lembrar a todos os gays, lésbicas, bissexuais e pessoas de outras identidades de gênero, que todos devem se orgulhar de sua sexualidade e não sentir vergonha da sua orientação sexual. Não importa se uma pessoa é heterossexual, homossexual, bissexual, transgênero, travesti ou intersexo, o importante é ser respeitada como um ser humano e ter todos os seus direitos garantidos.
Em tempos de pandemia de coronavírus (COVID-19), em que todes, todas e todos precisaram se adaptar às exigências sanitárias, as festas do Orgulho LGBT foi transformada em comemorações online espalhados por todo mundo.
Em homenagem a esse dia, preparei uma playlist de músicas de 4 Divas artistas da comunidade que tratem sobre o tema. Confira a lista!
A Caminhada – Gloria Groove Para começar com a playlist com o pé direito, vamos de uma das músicas mais militantes e politizadas de Gloria Groove, uma das maiores drag queens do Brasil e cantoras da comunidade LGBTQIA+.“A Caminhada” compõe o EP “Alegoria” da artista, e de acordo com ela, é uma continuação espiritual de Dona e Império, seus primeiros singles cuja mensagem é similar. Na letra, vemos Gloria falando dos efeitos da fama e do interesse geral na arte LGBTQIA+, que cresceu exponencialmente. No clipe, até referências a demandas políticas atuais são feitas.
Bixa Preta – Linn da Quebrada Não podemos falar de militância pela diversidade na música brasileira sem citar Linn da Quebrada não é mesmo? Além de representar a comunidade Trans, Linn é uma representatividade negra e feminina, tornando-a ainda mais necessária na atualidade. A música escolhida é “Bixa Preta”, cuja letra forte com um beat marcante a torna uma joia em qualquer lista sobre músicas militantes, com a letra sendo um super recado aos preconceituosos.
Indestrutível – Pabllo Vittar Não podemos falar em comunidade LGBTQIA+ no Brasil sem falar de Pabllo Vittar não é mesmo? A drag queen não para de quebrar barreiras desde seu surgimento e abriu diversas portas no caminho. Fugindo das letras mais politizadas para dar um respiro em nossa playlist, a canção escolhida foi “Indestrutível”, muito marcante para Gil do Vigor no “BBB21”.Esta música é um abraço nos membros da comunidade que estão se sentindo sozinhos por conta do preconceito sofrido, dando um ar de esperança a qualquer um que escutar (além de arrancar umas lágrimas, claro).
Rosa ou Azul– Andréia Mocréia, que pode ser encontrada nas Plataformas Digitais como MC Déia, representatividade do Mato Grosso do Sul, Rosa ou Azul é uma crítica social a politica atual que teve a ousadia de escolher a cor de roupa que meninos ou meninas podem ou não usar. Na letra a artista Sul-mato-grossense expressa a revolta da comunidade GLBTQIA+ contra o preconceito. Euzinha mesma que escrevi a letra.