Em julho, o desmatamento na Floresta Amazônica teve queda de 26,7%, em comparação com o mesmo mês do ano passado. Durante 12 meses, foi registrado o aumento de 34,5%, se comparado com o mesmo período anterior, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) fornecidos nesta sexta-feira (07).
Em julho, o sistema Deter, do Inpe, que alerta sobre avisos de desmatamento na floresta em tempo real, apontou 1.654 quilômetros quadrados de área devastada no mês passado, contra 2.255 quilômetros quadrados registrados em julho de 2019, mostraram os números publicados no site do instituto.
No acumulado entre agosto de 2019 e julho de 2020, no entanto, a área desmatada foi de 9.205 quilômetros quadrados, um aumento em relação aos 6.844 quilômetros quadrados registrados entre agosto de 2018 e julho de 2019.
Diante das pressões decorrentes do aumento do desmatamento e também da elevação das queimadas na Amazônia, Bolsonaro editou um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para que as Forças Armadas atuem no combate ao desmatamento na região e também colocou o vice-presidente Hamilton Mourão no comando do Conselho da Amazônia, responsável por articular medidas para a floresta.
O vice-presidente, destacou que a queda do desmatamento em julho indica que a atuação das Forças Armadas vem surtindo efeito.
“Houve uma inversão da tendência, tínhamos há mais de um ano uma tendência de aumento do desmatamento e, pela primeira vez, a gente tem a inversão da tendência”, disse Mourão a jornalistas em Brasília.
“Significa que as ações da operação Verde Brasil 2 e mais o trabalho psicológico que a gente vem fazendo, de conscientização junto às pessoas que moram nas regiões que estão mais afetadas pelo desmatamento começa a dar efeito. Ainda é começo, a gente tem que prosseguir até chegar nas metas que nós temos que é colocar o desmatamento dentro do mínimo aceitável.”
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(Texto: Inez Nazira com informações do Reuters)