Corpos de Bruno Pereira e Dom Phillips foram encontrados, diz mulher do jornalista

Bruno e Dom
Foto: Divulgação

A esposa do jornalista britânico Dom Phillips, Alessandra Sampaio, afirmou na manhã de hoje (13), que os corpos de seu marido e do indigenista Bruno Pereira foram encontrados. A informação foi divulgada por meio das redes sociais do jornalista André Trigueiro.

Os dois estavam desaparecidos desde o dia 5 de junho na Terra Indígena Vale do Javari, no Amazonas. Em nota, a coordenação da Univaja (União das Organizações Indígenas do Vale do Javari), afirmou que eles teriam recebido ameaças e logo depois, desapareceram no trajeto entre a comunidade Ribeirinha São Rafael e a cidade de Atalaia do Norte.

Até o momento a PF (Polícia Federal), e a associação indígena Univaja, que denunciou o desaparecimento dos dois, não confirmaram a identificação.

O jornal inglês “The Guardian”, onde Dom Phillips trabalhou, comunicou que a família do jornalista foi informada pelo embaixador brasileiro no Reino Unido sobre a localização de dois corpos.

Desaparecimento

Dom Phillips e Bruno Pereira foram vistos pela última vez no dia 5 de junho na comunidade São Rafael. Após sair de lá eles partiram em direção a Atalaia do Norte, mas não chegaram ao destino. Os dois realizavam expedições juntos na região desde 2018, Dom tinha o objetivo de visitar o local e fazer entrevistas com indígenas.

De acordo a Unijava, os dois deveriam retornar para a cidade de Atalaia do Norte por volta de 9h da manhã para que o indigenista fizesse uma reunião com uma pessoa da comunidade apelidado de Churrasco, o que não ocorreu. Na tarde do dia 6 de junho, uma primeira equipe de busca da Unijava saiu de Atalaia do Norte em busca dos desaparecidos, mas não os encontrou.

Bruno Pereira é servidor federal licenciado da Funai e atuava no suporte a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari.

Pertences encontrados

Dom e Bruno

Foto: Pedro Ladeira/Folhapress

O Corpo de Bombeiro encontrou no último domingo (12) uma mochila com notebook e objetos pessoais do indigenista e do jornalista. Os itens estavam submersos em uma área às margens do rio Itaquaí.

Ainda segundo as autoridades, o material estava próximo da casa de Amarildo Costa de Oliveira, preso no dia 7 de junho suspeito de envolvimento no desaparecimento. O pescador, conhecido como “Pelado” foi preso em flagrante por posse de uma pequena quantidade de drogas e munição de uso restrito. Ele passou por audiência de custódia e teve a prisão temporária decretada.

O barco de Amarildo foi periciado e foram encontrados vestígios de sangue, mas o material passa por uma análise com prazo de 30 dias para concluir se tem origem humana ou animal.

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Com informações do G1 Amazonas.

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