Os casos confirmados do novo coronavírus (Covid-19) no Brasil subiram para 621, conforme o último balanço oficial do Ministério da Saúde. As secretárias de Saúde, no entanto, estimam 650 casos até às 9h27 (horário de Brasília) desta-sexta-feira (20).
No balanço de ontem (19), também subiu o número de estados com transmissão comunitária, quando não há a possibilidade de saber a origem da contaminação. Segundo a pasta, já são seis regiões com essa modalidade de contágio: São Paulo (estado), Rio de Janeiro (capital), Santa Catarina (sul do estado), Rio Grande do Sul (capital), Minas Gerais (capital) e Pernambuco (estado).
O total de mortos chegou a sete, com óbitos nos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro. Todas as vítimas tinham mais de 60 anos e se enquadravam no chamado grupo de risco.
Segundo o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, os números mostram que o crescimento não está ocorrendo de forma localizada, mas no conjunto do país. “Nós estamos no pé da montanha e agora vamos começar a subir”, disse.
Com isso, continuou o ministro, o papel dos cidadãos ganha importância nas medidas de prevenção, como higienização, e de contenção, como o isolamento. Isso porque a preocupação é com a sobrecarga do sistema de saúde.
“Quando está gripado, precisa fazer isolamento domiciliar. Está com sintoma, isolamento domiciliar. Não é para descer para o play, fazer uma festinha”, aconselhou.
Casos aumentam até junho
O ministro da Saúde afirmou que os números vão aumentar exponencialmente até o fim de junho. “Estamos imaginando que vamos trabalhar com espirais ascendentes entre abril, maio e junho. Passaremos de 60 a 90 dias de muito estresse e teremos sobrecarga”, disse Mandetta.
Segundo as estimativas, em julho os casos deverão entrar em recessão e em agosto e setembro o cenário deverá estar voltando a patamares menores. “Desde que a gente construa a chamada imunidade em mais de 50% das pessoas”, afirmou.
*Matéria atualizada às 10h20 para acréscimo de informações*
(Texto: Jéssica Vitória com informações da Exame)