Uma paralisação por tempo indeterminado dos motoristas de ônibus não está descartada na Capital. A informação foi confirmada pelo STTCU (Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo) logo após uma assembleia na manhã de ontem (20), que paralisou o transporte coletivo das 5h até as 7h. A assembleia foi feita com o objetivo de discutir sobre a Lei Municipal nº 6.481, que transforma notificações em multa que teria de ser paga pelos motoristas, segundo os representantes da categoria.
De acordo com o presidente do STTCU, Demétrio Ferreira de Freitas, dependendo da multa, o valor pode passar dos R$ 5 mil. “São vários valores, são multas que variam de R$ 1 mil a mais de R$ 5 mil dependendo da ocorrência. Então, na verdade, não foi uma paralisação e, sim, uma assembleia na qual passamos a situação de que, a partir de agora, caso o motorista venha a ser notificado e transformado em multa, é ele que vai pagar”, explicou.
Mas o presidente do sindicato garantiu que a instituição vai agir se algum motorista for multado. “Eu deixei bem claro na assembleia que na primeira multa que algum motorista tiver que pagar, que ele nos procure de imediato que vamos fazer todos os trâmites legais, vamos chamar a imprensa e aí sim a gente vai parar, vamos fechar as garagens e eu não tenho nem duvida disso”, assegurou Freitas. “É muito injusto, não tem como uma pessoa que ganha R$ 2,2 mil pagar uma multa de mais de R$ 5 mil.”
O Consórcio Guaicurus, por meio de nota, alegou que também foi surpreendido pela paralisação e que “o departamento jurídico já está analisando a situação com a finalidade de definir as medidas administrativas e judiciais que serão tomadas por conta da paralisação, responsabilizando os responsáveis pela iniciativa”, diz um trecho da nota.
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(Texto: Rafaela Alves/Publicado por João Fernandes)