O governo de Mato Grosso do Sul publicou no DOE (Diário Oficial do Estado), de hoje (8), declarando “Estado de Emergência Ambiental” até o fim do ano em todo o território sul-mato-grossense por conta dos incêndios ambientais.
Entre os meses de maio a dezembro de 2022, Mato Grosso do Sul é afetado pelas condições climáticas que favorecem a propagação de focos de incêndios florestais sem controle. O governo do Estado tem investido de forma robusta na prevenção e combate aos incêndios florestais em Mato Grosso do Sul.
Incluindo a compra de um avião Air Tractor equipado para apoiar o trabalho dos bombeiros e brigadistas, o governo investiu recentemente R$ 56 milhões na estruturação do Corpo de Bombeiros com aquisição de embarcações, viaturas e modernos equipamentos.
O total de focos de calor nos três primeiros meses desse ano está superior ao apurado no ano passado, conforme dados do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Foram registrados 309 focos de calor nos meses de janeiro, fevereiro e março de 2021, contra 493 no mesmo período desse ano.
Isso se deve, em parte, ao fato de que as queimadas controladas estavam proibidas no ano passado e foram liberadas nesse ano, observa o assessor bombeiro militar da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), coronel Waldemir Moreira Júnior.
Ele acrescenta, entretanto, que historicamente o período mais crítico é no segundo semestre do ano. Em julho do ano passado foram registrados 916 focos de calor, em agosto 2.246, em setembro 2.739 e em outubro, 1.695. O Estado já se prepara com prognósticos de ocorrências para os próximos três meses e traça as estratégias para fazer o enfrentamento.