Os focos de calor no Pantanal e no Cerrado foram praticamente anuladas pela força-tarefa montada pelo Governo do Estado, desde março, com a participação de bombeiros de Mato Grosso do Sul, Paraná, Mato Grosso e Santa Catarina e ainda brigadistas do Ibama, ICMbio (Instituto Chico Mendes) e do setor privado, com o apoio da Marinha e do Exército.
No Pantanal, foram registrados apenas 22 focos neste domingo (20) em Corumbá, maior município do bioma, com redução de 50% em relação ao sábado (19), e um em Pedro Gomes. No início deste mês, Corumbá e a região de Cerrado (Alcinópolis, Pedro Gomes e Costa Rica, a Leste do Estado), concentravam mais de mil focos diários.
As precipitações ocorridas no sábado e domingo foram baixas nas regiões críticas, mas o suficiente para aumentar a umidade e favorecer o controle dos focos, disse o secretário Jaime Verruck, da Semagro (secretaria estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar).
A rápida ação do governo para o enfrentamento da propagação dos focos, principalmente no Cerrado, foi determinante para o controle da situação. Desde o início da semana foi intensificado o combate aos incêndios com o reforço de um grupo de 29 bombeiros militares vindos do Paraná, distribuídos entre o Pantanal e o Cerrado.
Situação ainda é de alerta
Diferentes planos de trabalho nortearam as ações em todas as regiões de Mato Grosso do Sul, com ênfase no Pantanal, que enfrenta a maior seca em 50 anos e teve 12% de sua área consumida pelas chamas. O combate e controle aos focos no bioma conta com bombeiros do Estado e do Paraná e brigadistas do PrevFogo (Ibama).
“A situação é mais favorável, no entanto o momento ainda é crítico devido a prolongada estiagem e a perspectiva de pouca chuva para os próximos dias”, alertou o titular da Semagro. “O combate continuará de forma intensa, mantendo as estruturas operacionais nas áreas de maior risco com o respaldo dos ministérios de Desenvolvimento Regional, de Meio Ambiente e de Defesa”, acrescentou.
No Cerrado, o trabalho segue com um contingente de 150 combatentes, sendo 70 homens do Exército e 60 entre bombeiros de MS e do PR e voluntários. A estrutura conta ainda com oito aeronaves, sendo duas do ICMbio, três do setor de energia do Estado e outras três bancadas pelo setor de florestas. O Imasul (Instituto de Meio Ambiente e MS) também integra a força-tarefa no monitoramento do Parque do Taquari.