Mais de 30 milhões de pessoas entraram em um confinamento mais rígido na Colômbia por cinco dias a partir de quinta-feira (7), devido ao aumento da transmissão do coronavírus após as festas de Natal. O país sul-americano de 50 milhões de habitantes é o segundo com mais casos de covid-19 na região (1,7 milhão) e o terceiro com maior número de mortes (44.700), depois do Brasil e do Peru.
A capital, com quase 8 milhões de pessoas e principal fonte de contágio, declarou “alerta vermelho” com mais de 86% de suas UTIs ocupadas. “Acreditamos que a nova cepa de coronavírus que foi identificada no Reino Unido já está circulando na cidade de Bogotá”, declarou a prefeita Claudia López em uma entrevista coletiva.
López ordenou o confinamento total da população de quinta-feira à meia-noite até terça-feira. A partir dessa data, um toque de recolher noturno seguirá até 17 de janeiro.
Argentina
A Argentina também informou ontem que restringirá o movimento de pessoas no país durante a noite, em uma tentativa de conter a propagação da pandemia durante as férias de verão.
Praias da província de Buenos Aires ficaram lotadas de gente nos primeiros dias do ano, muitos sem usar máscara ou manter o distanciamento social. Na quarta-feira, 13.441 novos casos foram registrados no país, um aumento dramático em relação aos 5.200 registrados um mês antes.
“As medidas estão sendo esboçadas neste momento e serão publicadas amanhã”, disse Santiago Cafiero, chefe de gabinete do presidente Alberto Fernández, em entrevista coletiva após uma reunião com líderes regionais.
Segundo Cafiero, “houve acordo por parte de todos os governadores sobre a necessidade de restringir a circulação à noite”. A mídia local informou que haverá proibição de locomoção entre 23h e 5h da manhã, com as províncias tendo autonomia para alterar a medida de acordo com as necessidades econômicas locais.
A Argentina, que iniciou uma quarentena estrita e precoce no final de março que desde então foi relaxada, atingiu 1.676.171 casos de coronavírus na quarta-feira, com 43.976 mortes. A terceira economia da América Latina está em recessão desde 2018. A pandemia piorou dramaticamente os problemas econômicos.
(Com informações: AFP)