O presidente do Chile, Sebastián Piñera, assinou no domingo (27) os decretos necessários para suspender o estado de emergência que estava em vigor em várias regiões de país, e com isso tirar os militares das ruas depois de eles ficarem mais de uma semana responsáveis pela ordem pública.
A medida entrou em vigor à meia-noite desta segunda-feira (28) e visa “contribuir para que o Chile recupere a normalidade institucional”, segundo um comunicado da Presidência. A presença dos militares, que posteriormente foi acompanhada de toques de recolher, foi fortemente rechaçada pela sociedade.
Com a decisão, Piñera cumpriu a promessa feita no sábado (26) de tirar os militares das funções de patrulhamento das ruas. O anúncio ocorreu no dia seguinte a uma manifestação que reuniu cerca de 1 milhão de pessoas nas ruas de Santiago, no maior protesto do Chile desde a redemocratização, em 1990. (João Fernandes com DW)