O governo do Chile decretou na noite desta sexta-feira (18) estado de emergência em Santiago, na tentativa de conter a escalada nos protestos, iniciados contra o aumento no preço do metrô e que mergulharam a capital no caos.
O decreto dá a um militar apontado pelo presidente Sebastián Piñera a responsabilidade pela segurança na cidade e prevê restrições às liberdades de movimento e reunião durante 15 dias.
A radicalização dos protestos contra o aumento do preço do bilhete do metrô de Santiago gerou um dia de caos, com incêndios em vários pontos da cidade, saques e destruição.
Entre a tarde e a noite, os protestos intensificaram-se em Santiago, em várias partes da cidade lojas foram saqueadas e estações de metrô e ônibus de transporte público foram queimados.
A polícia não conseguiu conter os motins, e os bombeiros tiveram que combater incêndios em várias estações de metrô, ônibus urbanos, barricadas de rua e até na sede da companhia elétrica local.
Desde segunda-feira passada, milhares de pessoas, especialmente estudantes do ensino médio e universitário, têm protestado contra o aumento de 30 pesos no preço dos bilhetes de metrô, decretado há duas semanas, para os atuais 830 pesos (cerca de 1,2 dólar) no horário de pico. (João Fernandes com DW)