Chegada da variante indiana liga o alerta em MS para terceira onda da COVID-19

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Em comunicado, SES solicita que a população evite aglomerações e fique em casa neste fim de semana

Mato Grosso do Sul voltou a ligar o sinal de alerta para o risco do início de uma terceira onda de contágio da COVID-19 após os números de casos confirmados da doença voltarem a ter um crescimento acelerado nos últimos dias. O medo tem até alvo, a entrada no país e na vizinha Argentina de uma variante do coronavírus surgida na índia.

É mais uma mutação do COVID que abate o Brasil, que já viu uma variante abater a população desde o fim do ano passado com o surgimento de uma cepa em Manaus (AM), mais agressiva contra jovens e até crianças.

Em entrevista à rádio CBN, o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, revelou que 80% dos casos ativos de Mato Grosso do Sul já são da variante amazonense, muitos dos quais entre os cerca de 1.100 pacientes que estão internados. “São indícios claros do endurecimento da doença no Estado”, disse o responsável pela pasta. “Somente quinta-feira (20) foram 30 crianças internadas por conta dessa variante. As taxas de ocupação das internações já são de 100% em todas as microregiões do Estado. São pouquíssimas e raras as vagas de leito de UTI (Unidade de Terapia Intensiva)”, completou.garte da tripulação seguiu para a Argentina, onde já há casos registrados.

“Esperamos que não chegue com muita velocidade aqui, por isso nossa intenção, apelo e desejo de fazer com que as vacinas cheguem o mais rápido possível, para que nós possamos imunizar a nossa gente, para que o efeito da chegada da variante seja menos maléfico do que aconteceu no passado com outras”, disse Resende.

O boletim epidemiológico divulgado pela secretaria ontem (21) trouxe um aumento considerável nos números da COVID. Com mais 1.942 novos casos nas últimas 24 horas, a média móvel de casos alcançou a marca de 1.530,0, a maior de toda a pandemia. A taxa de contágio subiu para 0,99.

São dados preocupantes, conforme destacou o secretário da pasta, Geraldo Resende, chamando a atenção para o número de exames que ainda estão em análise no Lacen (2.291) e o alto número de casos sem encerramento nos municípios (7.105).

Com 100.580 casos, a Capital continua sendo o epicentro da doença, responsável por 42% dos casos em MS. No boletim dessa sexta-feira (21) as cinco cidades que mais registram exames positivos são: Campo Grande +366; Dourados +203; Três Lagoas +95; Ponta Porã +94 e Ivinhema +91.

Foram registradas mais 32 mortes em 14 municípios e outras 14 estão em investigação. A taxa de letalidade segue em alta com 2,3 e média móvel de 31,4. Em Campo Grande foram registradas 14 mortes; Três Lagoas 3, Aquidauana, Dourados e Naviraí perderam 2 pacientes em cada.

Os demais municípios relataram uma morte cada. São eles: Eldorado, Fátima do Sul, Jardim, Miranda, Nova Andradina, Rio Brilhante, Rio Verde de Mato Grosso, Rochedo e Sidrolândia.

O aumento de casos reflete diretamente no número de internações que hoje estão em 1.143 pacientes. Destes, 647 estão em leitos clínicos e 496 em leitos de UTI. A lista de espera em todo o Estado registra 202 pacientes que aguardam leitos UTI/SUS na rede hospitalar.

As quatro macrorregiões do Estado estão com ocupação no limite, todas acima de 95%. A macrorregião de Campo Grande registra 98%, Dourados e Três Lagoas 95% e Corumbá 96%.

Reiterando o compromisso de manter a transparência na divulgação de dados, a secretaria adjunta Crhistine Maymone destacou que a população precisa se pautar pela ciência, e mais uma vez pede a todos que fiquem atentos à proteção. “O uso do correto da máscara é uma barreira consagrada no mundo inteiro”, afirmou.

Ao mesmo tempo, Mato Grosso do Sul atingiu a marca histórica de um milhão de doses aplicadas, somando a primeira e a segunda de vacina contra o coronavírus, na quinta-feira (20). A campanha de imunização, iniciada no dia 18 de janeiro, recebeu em 24 remessas 1.199.010 doses da vacina de três laboratórios diferentes: AstraZeneca, Sinovac e Pfizer. Deste quantitativo já foram aplicadas 1.002.641 de doses, sendo 684.587 de D1 e 318.054 de D2, conforme dados do “vacinômetro MS”.

(Confira a matéria completa na página A6 da versão digital do jornal O Estado)

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